O golo

O golo é a ovelha negra cá de casa. Todas têm uma, nós temos o golo. Talvez por isso ainda não falamos dele. Mas hoje falo e conto-vos.
O nosso golo foi o primeiro a seguir a nós.  Veio um mês depois de casarmos e era a coisa mais querida. Fui eu que falei em ter um cão e João fez a surpresa. Era lindo como os que eu imaginava daquela raça. Veio com menos de um mês e quase cabia na minha mão.

Achava que gostava dele quase como de um filho, até ter um. Ficou histérico quando comecei com contracções do manel, devia estar a adivinhar que a vida dele também ia mudar.

Adora-os a todos, tem uma paciência se santo para eles. Começa sempre sem lhes tocar, quando fazem um mês lambe os pés e orelhas. Com o tempo ganha confiança e ficam melhores amigos.
A Tânia nasceu grande não teve tempo que lhe lambesse as orelhas, mais foi dormir para ao pé dela até saber que ela ficava bem.
Agora tem fugido para os pés da cama do manel. É uma porcaria mas faz bem aos dois e não tenho energia para me levantar e o contrariar.
É um chato com os nossos convidados.  Fica todo entusiasmado e não os larga, uma vergonha.
Já fez das boas, um dia contamos.
Há uns dias fez uma ferida, foi ao veterinário, voltamos hoje para mudar o penso e a médica acrescenta a lista outra preocupação: tem cancro. HEIN?! lá explicou melhor e é menos dramático do que parece.

Não é uma pessoa por isso não e por isso temos de pensar que é triste mas não é o fim do mundo, para além de que nos cães a história e diferente. Resolvemos os pormenores práticos e ficou para tirar o que havia a tratar.

Viemos para casa as duas em silêncio e sem golo. És um grande chato mas és o nosso cão,  por isso põe-te bom que amanhã vamos-te buscar.
Até lá, estamos sem aspirador!

Comentários

  1. cancro? os pobres cães também têm essa porcaria?!
    coitadinho do Golo!
    As melhoras!

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