4/29/2015

1 mês de gente

Mais um quilo de ti. Menos rato e mais bebé e cada vez mais meu.

Foi o primeiro mês mais fácil de todos em parte porque não fizeste muitos estragos a sair outra parte porque já sabemos o que nos espera.

És bonzinho mas já te queixas de cólicas às vezes. Minorca mas já não cabes nos bodies 00. Tens cara de zangado como diz o teu pai mas já me lançaste uns sorrisos que eu bem vi. Continuo a procura do que tens de difernte do manel sabendo eu que tens tudo ou não fossem pessoas diferentes.

Quando saio sem ti já não sou prioritária, a minha prioridade és tu.
Temos uma vida fixe tu e eu e os outros. Às vezes tenho saudades dos outros de tanto tempo que dedico a ti, já se sabe é assim mas tenho na mesma.

Não fizemos um bolo de festejos porque o comia todo de enfiada e depois para me enfiar no biquini era mais complicado, mas festejamos os dois com uma dança das nossas.

Viva tu e viva nós que sobrevivemos ao primeiro mês de todos. O primeiro que diz que é o mais difícil.

4/26/2015

[teus] meus queridos 18

de ver a tania entrar e sair em programas próprios da idade deu-me umas saudades doidas dos meus 18.

sexta estava ela vestida a preceito quando cheguei a casa, a liza ajudou no penteado, maquilhagem pela casa de banho fora e lá saiu disparada depois da boleia buzinar à nossa porta. e de repente tudo o que queria era ir com ela com a idade dela.

passar horas a pensar o que vestir, ir a casa de amigas experimentar várias opções, trocar roupa com elas com a sensação que a delas ficaria sempre melhor. estar num excitamento para aquele dia, arranjar alguém com carta que me passasse a buscar, me desse boleia e ir. partilhar taxi quando ainda ninguém tinha carta, ou fazer a cidade de um lado ao outro a pé para não gastar trocos. ir e encontrar amigos por todo o lado, porque estariam todos na noite e seria a noite toda a dançar e saber o que têm feito da vida. a sensação que conhecíamos todos e todos nos conheciam, a sensação de poder tudo. sem facebook, nem selfies nem likes só com o que lá estava e ter de esperar até à próxima vez que nos encontrássemos. 

depois íamos de sitio em sitio com os trocos que tínhamos de mesadas ou trabalhinhos que se faziam para isso mesmo. nada de grandes maluquices mas divertido até à ultima casa. 
os engates que não passavam de conversas envergonhadas, as amigas do coração que se faziam e desfaziam e as que ficaram, os namorados e lances que se enrolavam e desfaziam e uma quantidade enorme de gente que se conhecia mesmo achando de todas as vezes que já conhecias todos os importantes. era a loucura.

as amigas a dormir lá em casa ou nós em casa delas, as horas a que te deitavas e a energia com que acordavas se fosse caso disso. o excitamento de receber uma mensagem dele ou a angustia de esperar por ela. as idas ao cinema e os dias sem fim na praia. a leveza da tomada de decisão e o tempo que se tinha para estar com os amigos com tempo, era brutal.

se podia fazer isso agora? posso, já o fizemos e com certeza vamos repetir. mas o melhor do mundo traz consigo alguma responsabilidade e aquela leveza perde-se algures nesse processo. e todos os que conhecíamos tão bem e estavam nos nossos sítios já não estão. estão às vezes, como nós, mas mais difíceis de encontrar, e ter tempo para aproveitar.

não vale a pena chorar por isso até porque não há razão para isso, mas fico em pulgas cada vez que a vejo sair nestes ritos que foram também meus. 

querida tania, que aproveites tanto ou mais que eu com essa idade, com a cabeça no sitio e loucura na quantidade certa. e tal como o joão diz sempre que sais: nunca te esqueças de quem és.

levas-me um bocado contigo nessas noites, essencialmente quando me deixas a sonhar com isso tudo.

4/23/2015

um amor que se entranha

quando nascem não é amor à primeira vista. olho para eles é uma responsabilidade e orgulho imenso mas não sei se é amor à primeira vista. talvez seja mas um amor novo ainda mínimo ao lado do que depois se torna.

desde aquele minuto sabes que dás a vida por eles, mas a verdade é que ainda não nos conhecemos bem.
depois vamos-nos conhecendo. o que gostas, o que não gostas e como és. são horas a olhar um para o outro e esse amor vai crescendo. todos os dias gosto de ti mais 2 toneladas, já vamos em muitas.

tal como primeiro se estranha e depois se entranha este nosso amor vai-se entranhando.

és o meu rato, ainda consigo ver que não és um bebé nestlé ainda és meio menino homem, um velhote em tamanho mini, mas cada vez vou ver menos porque diz que o amor cega e com tanta tonelada deixo de ver. 

como diz o principezinho, é o tempo que passas com a tua rosa que a torna mais importante para ti, e a tua rosa sou eu e tu és a minha. uma pirosada pegada mas que é verdadeira.

por isso meu querido baby, não fiques triste se te disser que não morri de amores quando te vi morri nos dias seguintes quando te conheci, foi assim com todos os outros também. gosto de ti mais e mais todos os dias até que deixo de conseguir contar os dias que tens e o amor passa a infinito. já é um bocado infinito e ainda sei que tens menos de um mês.

e deixa-me que te diga que apesar de estares cada vez mais fora de mim és cada vez mais meu.



nosso golo

Golo parece uma parvoíce escrever-te,
mas,
enquanto escrevo,
também falo,
sei que me estás a ouvir.

Aposto que estás mesmo em cima de mim com tanto espaço à volta, 
era o teu forte.

Sinto realmente a tua falta,
mais do que pensava.

Hoje lembrei-me do dia em que foste atrás de mim, 
entraste no autocarro,
tentava fingir que estava muito preocupada por estares a tentar entrar, 
ainda hoje me rio disso.

Lembrei-me do dia em que estava a sair do metro, 
e lá estavas tu, 
à minha espera.

Lembrei-me das nossas corridas.

Lembrei-me do teu suspiro quando nos púnhamos em cima de ti,

Lembro-me da tua companhia,
Só não me lembro do nosso primeiro dia.
Parece que já fazias parte de mim.
E se calhar até fazias,
Só ainda não nos conhecíamos.

O Zé e o Né também sentem tanto a tua falta.

Dissemos que foste para o céu,
fazer companhia ao Bock.

O Né disse que não queria que estivesses no céu,
Ele sabe que quem vai para o céu, 
morre.

Quando crescer,
vai perceber que é de mestre,
estares no céu,
vai perceber que é confortante sentir saudades tuas.

4/21/2015

vaca leiteira II

De três em três horas uma de fora. Ora a esquerda ora a direita, que nem uma galdéria. Dia e noite sem dó nem piedade.
Dizem que é mágico, talvez, dou por mim a imaginar biberons cá com uma magia que não sei não.


Ficar em casa o tempo todo não é uma opção por isso às vezes levamos a maminhas a passear. Só custa a primeira depois lá vão elas com a devida descrição, apesar de tudo não é o da Joana [é do joão].


Depois surge a bendita hora em que gritas por liberdade e sacas da bomba. Se achavas que era divertido até então, toda esta vida ganha nova magia. 


vrum vrum vrum vrum som de vacaria a um ritmo assustador e sai uma cena estranha de ti à qual chamam leite, tipo o do pacote mas teu. Difícil de acreditar nesta realidade de produzir leite, euzinha. Não parece real, talvez por isso seja tão "mágico".


apareço orgulhosa depois de 20 minutos agarrada à máquina e a minha liza olha com aquele ar de desilusão? "só isso dótora? estava só a testar a máquina?" nesse momento é oficial que és uma porcaria de vaca para não dizer mesmo uma vaca de merda.
Lá vai ela buscar a mezinhas à gaveta para aumentar a produção como se de um apocalipse de tratasse, vai de milho, mandioca, fuba, isto e aquilo. enfia-me bolos pelo bucho com tudo isso e nesse ponto não me posso queixar, marcha de tudo. tudo para ser uma vaca melhor.


tudo isto é meio assustador e fica a dúvida de porque o fazemos. Dúvida justíssima. A cena é que diz que é bom e que mãe não faz de tudo para dar o melhor aos seus filhos?!
É isso xavi, estamos nisso juntos, a vaca e o vagabundo [mas não te habitues imenso porque não vai durar para sempre meu amor].




4/19/2015

12 de Abril

Hoje faz uma semana que se realizou o grande almoço de família,

Éramos ao todo cento e setenta e uma pessoas,
Tios, primos, avós, netos,

Alguns Tios e primos que não conhecia,
vinham falar comigo,
como se já fosse da família há anos,

e o meu coração só encheu ainda mais neste almoço,

o meu pai andava pela casa todo orgulhoso,
apresentar-me aos tios que faltava
 “já conhece a minha Tânia?”

Este encontro começou com uma missa dada pelo tio Roque,
o coro também é da família,
uma missa só para a família é sempre especial,

Procedeu-se o almoço,

Fomo-nos juntando por gerações,
partilhámos e recordámos  histórias que nos íamos lembrando,
coisas que os nossos pais faziam,
coisas que fizemos nos nosso verão,
quando nos juntamos em Sta Cruz,

Nunca gostei tanto da casa do avô como no dia doze,

todos dispersos pela casa,

se fechássemos os olhos só se ouvia gargalhadas, 
as corridas, 
os mergulhos,
as vozes que nos dizem muito,
cantos da casa que ganharam vida,

Hoje sinto falta do almoço,

Tem que se repetir mais vezes querida família,


e que sejamos duzentos para a próxima.

Até já.






4/17/2015

O cabelo de tonto

Enquanto não falam, tenham dias ou meses, a conversa frequente é a fome ou frio que têm.  Para os avós têm sempre dos dois, para os tios têm sempre de menos e para o resto divide-se mas há sempre opinião. Até eu que aqui estou a criticar ontem mandei os meus bitaites, e qualquer coisa que vem de dentro e só dás por ela quando já saiu.


Depois crescem e quando já é óbvio o que sentem porque falam, a malta pega no segundo tema mais giro que é o cabelo. Para uns está grande, para outros pequeno, ou torto na franja ou tem uma cena nas patilhas. Se calhar é isso tudo mas às tantas está assim porque os pais gostam, discutível eu sei mas muito válido.
Dentro deste tema tenho um problema grave com o zm, se com o manel é indiferente e sigo o que dizem [ "esta comprido!" "Pois é adoro comprido", "está curto" "adoro curto"], com o zm a cena é diferente. Independente do que me digam sinto que está com cabelo de tonto. E vocês dizem, ahh e tal tem trissomia é normal coitado. Mas não, há malta com trissomia com cabelo normal, e outros tantos sem o tal cromossoma mas com cabelo de tonto. E por isso, levei a missão de "zé com cabelo impecável" como a mais importante da minha vida e estabeleci um plano: ninguém mais lhe tocava até crescer o suficiente para um expert cortar e me ensinar o truque.


Estava a correr bem até há dois dias. A franja foi crescendo, as patilhas também e até estava a ficar com uma ligeira rulote atrás mas eu estava feliz. Vais qualuqer lado e lá está és bombardeada com comentários ao cabelo do crianço. Aguentei firme. Aparentemente ainda havia quem achasse curto, incrível. Até que na última semana os comentários intensificaram-se e começaram a roçar o bulling, não com ele mas com a incompetente da mãe que não lhe corta a franja e o menino não vê. A minha mãe é perita nessa pressao psicologica e quando não vai lá com a tesoura começa a mandar fotos dele de bandolete. Mais 10 minutos daquilo e o miúdo não sabe ler porque não vê.


Tomada pelo demo, a consciência começou a pesar e não resisti à tesoura das unhas mesmo antes de o pôr no banho. Ele não parou, a tesoura não era grande nem direira e eu não tenho jeito. Combinação perfeita. Lá agarrei dum lado e puxei do outro e pimbas, ficou toda torta. Mas não tá comprida, nem curta, ta comprida e curta dependendo do ângulo. E quando se põe para o lado está quase perfeita. 


E pronto, voltei ao tonto mais uns dias, ou meses. Até que volte ao tamanho suficiente para o supra sum da barbatana cortar. Shame on me.


Dito isto o tema do cabelo nunca vai deixar de surgir, é como o frio ou fome, há sempre qualquer coisa a acrescentar!

[dia antes do corte . Do depois ainda não há registo, conseguir agarrá-lo para cortar já não foi mau]

Dúvidas de autor

Caríssimos,

Tenho para mim que este blogue é seguido quase exclusivamente por senhoras. O que me dá, no entender, duas hipóteses:

1) Fazer posts que tragam mais homem ao barulho, tipo lições de "como chatear a mulher em 3 segundos" ou "como consegui dormir até às 10 sem te pedirem qq coisa". Eventualmente até falar de bola, ou filmes com tiros e afins

2) Fazer tutoriais que expliquem alguns segredos do bicho fácil que é o homem para que as senhoras possam aumentar o já enorme poder que têm sobre os homens. Tutoriais que variam entre argumentações de chantagens psicológicas ou mesmo sobre como vestir um filho em menos de 5 minutos.

Fica a questão no ar... Um facto é que o Miguel Araújo conhece muito bem a lição...


4/14/2015

10 dias do pai

10 dias depois dele nascer.
10 dias só nossos.
10 dias que quase sabem a férias, não fossem os primeiros 10 dias de um bebé novo.


Ajudaste-me em tudo. Deste banhos, jantares, limpaste rabos e levantaste-te à noite para acalmar pesadelos.  Já fazes isso tudo normalmente mas nestes 10 dias era a tua profissão e levaste-a a sério. 


Fizemos malas e fomos passear, almoçámos a dois, a três, a quatro e a seis, tratámos das burocracias, vimos séries e filmes e deixaste-me escolher sempre as comédias românticas. Cozinhaste pratos de master chef ao almoço e jantar. Trouxeste-me pequeno almoço à cama com sumo de laranja e pão de sementes que compraste depois de os deixares na escola. Vestiste-os quase todos os dias com a ajuda da tania e sabias melhor que eu que mochila levar para a escola. Foste com o zm à terapia, com o manel ao barbeiro e deixar a tania à explicação.


10 dias que souberam a pouco. Para ti às tantas deram mais trabalho que um trabalhão.


Obrigada joka. Por estas e por outras é que os baby blues fogem cá de casa e os bebés que ficam só bebés calmos [o melhor é não falar muito].

4/11/2015

Saudades de cão

Querido golo, temos saudades tuas.

Não vou mentir que me tem sabido bem ter a colcha da cama branca mais do que uma semana. Ou abrir a porta com calma sem medo que fugisses a correr. Ou não te ter em cima de todas as visitas que temos, especialmente as que detestam cães.

Mas a verdade é que fazes falta. As migalhas na cozinha parecem não ter fim, o manel dorme com os pés frios e agora não sabemos quem chega mesmo antes de chegar. Até ao xavier fazes falta e nunca te conheceu, eras uma ajuda óptima com eles quando tomava banho ou ia só ali à cozinha ficavas a tomar conta e davas sinal caso a cena te preocupasse. Fazemos isso tudo na mesma mas não posso fechar os olhos da mesma maneira. 

Um destes dias ao pequeno almoço o zé perguntou por ti. "Bobo, bobo" dizia ele a apontar para a tigela que não tirei para não ter de explicar que era definitivo que não voltavas. A tania ficou em pânico que tivesse a ver um fantasma teu mas quando perguntou onde tava o "bobo" disse logo que não tava cá. 

Ontem foi a vez do manel e desfez-se em lágrimas a dizer que não queria que fosses para o céu, que tinha muitas saudades tuas. Explicámos que estavas bem a brincar com o bock e roubar comida aos outros cães mas ainda assim não se consolou. Estou em crer passou a detestar o céu por te ter roubado.

Fazes falta a todos e claro que todos nos vamos habituando a viver sem ti, mas antes que isso aconteça que fique escrito que temos saudades tuas.

Porta-te bem desse lado e beijinhos dos teus amados

4/10/2015

hoje é dia dez

É dia do irmão, 
dos irmãos neste caso.

Somos quatro e a mãe já acha que somos muitos,
nós cá achamos que não.

Somos todos unidos,
temos as nossas chatices,
há dias em que estamos mais tristes com um,
mas são raros.
Temos as nossas partidas,
os nossos mini-segredos que se sabem passado segundos,
coitado do manel que não sabe o que é um segredo…
e o zé?
parte-se a rir,
já o Xavier adormece cada vez que tento ter uma conversa de irmã mais velha.

São os meus pequenos e quando forem mais crescidos falamos melhor deste dia,
e já falamos os quatro,
ou melhor,
escrevemos todos juntos.

Quando penso em vocês,
 penso que é só com vocês que quero perder energias e ganhá-los e perdê-las e ganhá-las e voltar a perdê-las…
quero poder transmitir-lhes que podem confiar em mim sem que lhes tenha que o dizer,
aquelas coisas que só há entre irmãos.

Quero continuar a ensinar ao Manel tudo o que tiver,
que tanto adora aprender,
também aprender consigo quando todos os dias traz sempre uma novidade,
começa sempre assim “sabias que…sabias?”,
jogar futebol consigo quando sei que você é tão melhor e até me tenta ensinar,
quero continuar acordar e ouvi-lo dizer que você e o mano ainda não tomaram o pequeno-almoço porque esperaram por mim.

Zé Mário,
consigo também aprendo muito,
e ainda só tem dois anos,
é sempre muito querido com todos,
é inteligente e sabe perfeitamente o que faz,
já diz comigo “a-do-ro- -te”, (se calhar só eu é que ainda percebo).

Xavier,
grande explosão de sentimentos,
e ainda nem fala,
é o mais novo e nós manos deliramos consigo,
vá o Zé não controla tanta emoção e dá-lhe uma ou outra palmadinha,
mas é sempre para o seu bem.

Manos cresçam para então escrevermos aqui no blogue o dia do irmão,
 talvez sejamos doze mãos a escrever…
peçam de presente à mãe,
só faltam dois irmãos.

























No barbeiro da Estrela

Caríssimos,

Vivi em Portugal até aos 8 anos, antes de seguir para aventuras africanas seguindo os meus pais por Madagáscar, Burundi e Guiné-Bissau (antes de fechar o ciclo na Bélgica). Nestes 8 anos tenho marcado na minha memória 3 dinâmicas que fazia regularmente com o meu pai e que me enchem a memória, o coração e a alma cada vez que penso nelas:

1) Fazia a barba com o meu pai todos os dias. Ele com lâmina verdadeira e eu com gilette sem lâmina. Misturávamos a espuma, o que era uma verdadeira ciência comparada com o que existe hoje em dia, espalhávamos na cara com aquele mega-pincel e depois vinha tudo para fora com a minha "gilette" fabulosa. Era um espetáculo.

2) Todos os sábados e\ou domingos, íamos correr, jogar futebol ou simplesmente brincar, para os jardins da Torre de Belém. Uma pérola para corpo e mente e aproveitar a cidade que temos.

3) Ir ao barbeiro da Estrela cortar o cabelo de 3 em 3 meses. Sentado em cima de 3 páginas amarelas, lá ia eu com o meu pai sentir-me o mais crescido do mundo. Um verdadeiro homem. Menos naquela vez que o meu pai me deixou com um "rabicho" à la Futre, mas eram os anos 80 e já perdoei esse ultraje.

São estas as memórias que marcam a minha relação com o meu pai nos primeiros 8 anos de vida.
E assim, lá fui eu pegar no meu Manel Amado e começar a passar o que aprendi a adorar. Saímos de manhãzinha. Fomos tomar o pequeno almoço juntos e lá fomos nós cortar o cabelo no barbeiro da Estrela. Verdadeiros homens. Verdadeiros Amados.





















4/08/2015

banho de vinho

a liza trabalha cá em casa e é de s.tomé. na verdade é lisa com mas eu acho mais cool com z e por isso assim fica.

desde que fiquei grávida que tem mil e uma receitas de ervas e plantas para solucionar todos os problemas que pudesse ter. erva daquilo com farinha disto e tá feito. Evitámos a terra na altura da anemia mas de resto adoro. adoro essas coisas até porque tendo lá estado e vendo que é mesmo assim acho divertido. e se funciona lá porque não há de funcionar cá?

assim sendo temos seguido algumas mezinhas de dona liza e hoje foi dia de banho de vinho com alecrim fervido. 

ahhh e tal mas é mesmo vinho: é (comprei do baratinho mas para a próxima vai do bom e segue para o copo do pai). E não vai ficar bêbedo? até agora sem soluços. E o pivete depois? com creminho do bom e do francês cheira a príncipe.
Diz que faz bem à pele e aumenta a força dos músculos, a vivacidade diz ela. Ainda não tínhamos esse problemas mas mais vale prevenir que remediar.
a seguir ao banho foi lançado ao ar umas três vezes e está fino. 








isto dos banhos tem sido uma aventura pequeno xavi.
ontem foi a mana, bem mais calmo e delicado com tudo o que manda o médico. engoliu uns pirolitos mas de certeza que isso também aumenta a vivacidade. grande pinta tania, primeiro banho a um rato com sucesso




4/07/2015

o dia em que conheceu os manos

O joão e a tania tinham-me dado uma sessão fotográfica nos anos. 

Eu já estava em modo ovo kinder e ficámos meio sem saber se era mais giro com barriga ou com bebé e de repente fez sentido que fosse quando a barriga passasse a bebé. o dia em que eles conhecessem o mano e assim fica para sempre a cara de cada um quando viram o bicho. Era um risco gigante dado o meu estado de elefantíase mas o que queria mesmo era registar a cara deles, a reacção de todos por isso lá fomos sem medos de fotografias em camisa de noite.

Foi um tema mais que pensado. Falámos com a Catarina meses antes, deixei as roupas deles num canto para o joão saber o que vestir, escondemos da tania todas as conversas e combinações e chegou a hora. 
Decidiu nascer às 7 da tarde, hora tramada. Optimo para mim que ia ter uma noite descansada logo de seguida mas como é que eu aguentava a tania até ao dia seguinte sem ir ver o mano novo? Não aguentei e por isso filmamos. 

Depois lá veio a Catarina que estava de chamada que nem parteira e registou o dia em que a barriga passou a ter cara o tal bebé era mesmo um bebé, meio rato mas bebé.

E foi como se vê, o manel entusiasmadíssimo, o zé ia a medo e meio ciumento lá fez umas festinhas no mano e a tania toda babada como irmã mais velha e madrinha.

no caos dum quarto de hospital mínimo, com avós tios e tudo à mistura a catarina conseguiu apanhar momentos de todos e de cada um. 

Obrigada catarina. Vai ficar para a [nossa] história mais este dia.