5/01/2015

Vaca leiteira III

A mesma cena que te permite produzir leite consegue levar-te da euforia à loucura em segundos. É espetacular.

Não se pode bem dizer que nunca tínhamos sentido isso antes porque na essência de ser mulher essa tal coisa das hormonas está lá desde o princípio e não há volta a dar.  Claro está, tipicamente só damos conta delas uma vez por mês naqueles dias críticos quando a coisa dá para o torto. Depois um dia, brincas aos pais e às mães e levas com nove meses nesse limbo hormonal. Tanto te dá para ver tudo maravilhoso e sem stress como para embirrar com a cor da camisa do marido e roçar um problema ao nível da greve da tap.

Espétaculo isso das hormonas, uma cena mega versátil!

Por cá tem sido isso, dias na sua maioria fantásticos em que adoras tudo e é tudo tal como sonhado, temperados com rasgos de monstro das cavernas que rosna com qualquer pequeno detalhe idealmente de importância reduzida. Sem querer, passas horas a testar os limites do teu mais que tudo e tens alguma falta de paciência para com a sua descendência.  Mas são só umas horas e quando passam quase parece ridículo dar importância a isso, facto que preocupa a cara metade com alguma razão.

Preocupação acaba por ser excessiva se pensarmos que o que se passa não é mais do que um qualquer argumento de comédia romântica que se prese. Tem drama, tem acção e tem até ficção científica.

Há de tudo ou não fosses tu inesperadamente vaca.

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