8/31/2015

Parabéns pai zé

um dos meus pais faz anos, sim porque tenho dois. meio estranho se pensarmos que na verdade precisamos só de um, ou então não.

não foi uma coisa planeada, nem por mim nem por ele provavelmente. passar de dois a cinco não é para qualquer um, mas nunca pareceu muito assustado.

começou por ser um padrasto, coisa de cruela que não tinha nada a ver com o perfil. e depois as coisas foram crescendo, com tempo e paciência foi-se construindo essa tal coisa de pai. estava e está lá sempre. o primeiro a ajudar e apoiar. avô babado desde o primeiro minuto faz questão de não falhar nada de nenhum, nada.

veio pela mão de minha mãe claro está, entrou devagarinho e foi ficando, ficando até que ninguém mais o deixa sair. e daqui ninguém o tira.

não sei se saberia escolher melhor, provavelmente não. como não se escolhem os pais, não se escolhem os padrastos mas eles concordando ou não surgem e deixamos de estranhar. passam a fazer parte tão integrante da tua vida que já não faz sentido ser de outra maneira. e os anos apuram a coisa tal como no vinho.

é que esta coisa de família tem muito que se lhe diga e se é complicado a intimidade explica. ou não explica mas percebe-se.

o meu padrasto não é padrasto é pai. e hoje faz anos, muitos. parabéns ao meu pai zé que não me tendo dado nenhum gene me ensinou que a generosidade não se mede aos palmos, nem às toneladas, entrega-se o coração [inteiro].

8/30/2015

Belém para sempre!!

A família Amado passou uma emoção esta semana que esperemos se possa repetir. O Belém dá-nos pequenas alegrias mas esta semana superou se. Arranquei para o restelo na quinta-feira, a pensar que nos próximos anos os meus filhos se possam juntar. Depois de 90 minutos onde de certeza que sofri dois mini avc e um ataque cardíaco, acabei agarrado e com algumas lágrimas, a um desconhecido, que vim a saber posteriormente q se chamava Julio. Foi espetacular, animador e refrescante mas só pensava em partilhar tal alegria com os meus filhos e família. Pode parecer inantil ou parvo, o futebol dar tanta coisa, mas ser do Belém é uma lição de vida, q poderá servir a muito boa gente. Espero que os meus filhos possam crescer com esta tradição Belenense e que no futuro possamos festejar muitas coisas e boas em família!! Viva o Belém!!!!

8/28/2015

a festa na praia em fotos

o presentão. desta vez nem quisemos saber se era bom ou mau para o desenvolvimento. ele adora e o manel queria uma também



eu e a tania fomos andando para montar. o sol estava mais ou menos mas foi sempre a melhorar


a malta começou a chegar e ficou uma animação



os parabéns 

tudo virado do avesso. 


60 bolas de berlim do bar do fundo, 60 gelados banana café e bebidas bambu dos tios.


chupas, sumos e manos (a tania lá atrás)


no dia de anos o açúcar não conta

a tenda que dá para tudo


até ao fim do dia e até o xavico rouba bolas

mergulhos de mar com o tio manu

e nós velhotes, com mais um de muitos

[não houve tempo para fotos de todos nem de tudo. houve para caipiroskas, bolas e praiiaaa!!]

8/27/2015

férias de malão

quatro para ser mais precisa.

uma nossa, uma do manel e o zé, uma da tania e uma do xavi. sem casa andamos a rodar as casas dos avós que são três. encaixamos onde der e normalmente transportamos caos. somos muitos.

Começámos com o avô zé, 15 dias de guarida e onde temos acampamento montado. depois uma semana de avô miguel com mais nove primos e tios. depois avô zé de volta. depois voltámos ao avô miguel já com o pai a trabalhar e os mesmos nove à mistura. fim de semana grande no algarve com o avô tonas que pôs o pé na areia a primeira vez o verão todo. e lá voltámos de malão para casa do avô zé.

o que entra e sai das malas é o caos, o que fica por onde passamos talvez seja igual. aproveitam tudo o que cada sitio tem para lhes dar mas essencialmente as pessoas. gastamos tempo com cada uma delas e quando parece só caótico fazer mais uma mala lembraste que é a única altura do ano que dá para isso, para perdermos tempo uns com os outros sem olhar para o relógio. e depois fugimos para outras paragens para descansarem de nós e terem saudades. e voltamos.

a estabilidade deles somos nós e já não se alteram com tantas malas. estamos todos juntos neste malão e se as obras são a desculpa aproveitamos bem o verão. dormem ao molho e cabemos onde houver lugar. todos num quarto, em dois ou em três, temos muita sorte não nos podemos queixar, nunca falta lugar. o zé dorme com o né, o xavi connosco e a tê conforme o que ainda há. tem estado mais fora e agora até dorme em tenda mas aposto que não se queixa. malas pequenas só com o essencial e fomos.

era assim quando éramos novos também, meses de férias com avós tios e primos. histórias para todo o ano. paciência de santos dos avós e pais com tempo para a loucura. mesas gigantes todos os dias ao jantar e conversas sem fim.

para a semana acaba o malão. voltamos à cama de cada um, a cada colchão. acabam as obras e teremos o nosso castelo de volta. apetece claro, imenso, mas vamos ter saudades desta ligeireza o resto do ano. este privilégio que temos de ter tantos e tão bons avós. levamos mais um bocado de cada um.

8/26/2015

Férias de tania

Anda dentro e fora como manda a idade.

O manel conta os dias para ela voltar. E inclui-a em tudo o que vai havendo. Tens batatas guardadas, cartas por ver, mergulhos por dar, camas por preencher mas depois tratas disso com ele.

Vais e voltas e temos saudades. Aproveitamos que chegas e sugamos tudo o que andaste por aí a viver. Agarramos-te de orgulho e depois vais embora outra vez.

Foste primeiro para o cisv e voltaste com amigos para a vida dizes. Querias ter lá ficado mais. Trouxeste histórias e histórias para contar e outras só tuas. Porque há coisas que não se contam, sentem-se e daqui a uns tempos viram história.

Voltaste e estivemos todos outra vez. Depois fugiste para te despedites de um amigo da vida, fim de semana longe sem pais, jogos e tudo isso. E ele foi e tu ficaste mais uns dias. E nós aproveitámos.

Tratámos de coisas e vivemos mais umas e alguém te liga com mais um desafio. Cantámos os anos ao zé e lá foste.
Explicaste tão bem ao manel que ele diz a todos que foste animar crianças mas depois voltas. E foste. Foste como eu fui há mais de 10 anos e depois te conheci. Foste nessa semana que muda mundos e muitas vezes os nossos. Foste e vais vir com mais histórias que se contam e se vivem. E nós cheios de orgulho vemos-te desfilar.

De orgulho e de saudade e lá se foi.

A lata da vaca ou a vaca da lata

acabou-se a vaquinha, a minha.
daqui a uns meses ou anos vou ter saudades, talvez. para já só vos digo que me sabe a pato.

foi um cabo dos trabalhos. horas do joão, da liza, da mariana, da carmita, da rafa, da tania e da madalena. nada. foram 3 beberons diferentes. e dois tipos de leite. quente, morno e frio.
mas foi.

diz que tinha de ser outra pessoa a biberon senão não queria. mas ele não queria outra que não eu. então agarrei-me ao bicho e com calma juntos aprendemos que a vida pode ser maravilhosa mesmo sem a vaca da mãe. esperneou e depois adorou. o aeroom ajudou, a ele e a mim que ficava com cólicas de tentar.

O leite não será o mesmo mas foi o que eu bebi talvez não tenha dado mau resultado, ou então deu e podemos culpa-lo. Serve para os dois lados.

começou por beber 30, mais 60, mais 90 e lá chegou aos 160 que manda a dose. e pronto. acabou-se. estamos os dois felizes, devia ser mais e melhor mãe e dar mais, talvez. talvez ele goste mais de mim assim.

também aprendeu a gostar de chucha e adormece sozinho. foi encostadinho a mim agarrado a uma chucha velha do zé. zé que hoje chucha no dedo, óptima portanto.

e de repente tenho um santo.

[Leite nan, biberon nuk e chucha avent para os desesperados que como eu quiseram saber de tudo]

8/21/2015

3 anos teus

Xinamen nem dá para acreditar. Passa a correr e ao mesmo tempo aconteceu tanto. O cliché do costume faz sempre falta.

És o meu crescido bebezão. Perguiçoso e asneirento numa combinação que parece impossível. Espertalhão e trapalhão duma só vez. Que adora mimo mas detesta que o agarrem. És uma combinação improvável de coisas espetaculares e nem tão boas. És magnético. Queres todos e todos te querem.
Se me dissessem que ia ser assim não ia acreditar. Tem sido uma das maiores surpresas da vida, uma das melhores. És irresistível.

Contigo tornei-me mais segura, mais crescida, mais mãe e melhor pessoa. Aprendi a esperar e a relativizar. Aprendi que ser pior às vezes é ser melhor. Que também é divertido quando sai tudo ao contrário do esperado. Aprendi a acreditar. Aprendi até a amar melhor.

Há três anos os dois sozinhos na maternidade, e eu estava delirante. Nem dormi bem babada a olhar para ti. Não dava bem para perceber como é que uma coisa tão imperfeita podia ser tão perfeita. E transmitias essa tranquilidade de quem sabe que duma maneira ou de outra vai correr tudo bem. E tem sido sempre assim.


Também há momentos em que me borro de medo e me ponho a procura de mil soluções para problemas que ainda nem existem bem. Mas isso tem passado e hoje aceito bem que a coisa não se vai passar ao mesmo ritmo mas vai tudo acontecer na mesma e está tudo bem assim. Vou aproveitando melhor cada fase, tenho mais tempo de ti mais bebé e mais meu. E vais crescendo. Cheio de mau feitio vais fazendo à tua maneira. cheio dessas caras irresistíveis que fazes. Dizes o que queres dizer e o estritamente necessário para sobreviver e de resto nem queres saber.


Tenho desculpas para quase todos esses atrasos, o não fala porque o pai também só falou aos três ou porque é trapalhão, o não andava porque as terapeutas não queriam e por aí fora. Tudo verdade mas no fundo claro que sabemos que é mais que isso. Que tens três mas parece ter dois e pronto. Não faz mal mas sentes sempre uma necessidade estranha de justificar.

Querido zé ia, o mais importante de tudo na vida é que continues feliz como és, que continues a crescer e sejas educado e que faças a diferença na vida de alguém. Para além da nossa que sem ti já não saberíamos viver.

Parabéns. Adoro-te. E que venham mais 333 cheios de ti.

8/19/2015

zé maria a gosto ou agosto

trocaste-nos as contas e de repente íamos ter um filho em agosto. inspirado no quim às tantas. na verdade não era agosto nem a gosto, era 6 de setembro, mas não quiseste esperar.
ainda em brincadeira dizia-se que giro giro era nasceres dia 21, no dia do teu bizavô com o mesmo nome e as outras coisas que tais. sempre achei impossível, nem sei bem porquê mas quando é tudo tão programado acho mais provável sair ao lado. neste caso foi na mouche. 

viemos de santa cruz, consulta das 38 semanas e directa para o hospital porque ias sair. placenta estava a ficar velha e estavas mesmo à beirinha por isso vai de toque que ele sai, e ele saiu mesmo. meu buda mais querido. entrámos no dia 20 à noite, fui para lá convicta que não chegaríamos a 21. mas aterramos e alguém não quis que fosse nesse dia, muita gente e poucas mãos, e foi no a seguir, noite em vão na sala de partos para depois no dia seguirem te entregarem em braços.

nunca quis ter um filho em agosto e verdade verdadinha queria muito ter-te comigo mas devíamos todos ter aguentado mais uns dias (se desse e se a placenta não estivesse a bater a bota).

logo tu que adoras ser o rei da cocada tinhas de calhar a fazer anos no mês em que está tudo pelos caminhos de portugal. temos primos, mais e melhor que muitos. mas queria para ti festas só espetaculares, cheias de isto e daquilo e de tudo o que todos gostam, para fazerem fila. [quero para todos na verdade mas mais para ti disto] todos iam querer entrar e dançar um slow quando chegarmos aos 18. e vão.

mas raios, que raio de ideia a nossa fazer-te para agosto. e quando chateado perguntares que ideia foi essa, digo-te já que não foi ideia nenhuma, só que não sabemos bem  fazer contas, ou sabemos bem demais. das contas que não fizemos, saíste exactamente como devias. no tal dia 21 de agosto como o teu bizavô com o mesmo nome e o 21º neto.

desde então temos feito o melhor do verão num dia: praia, bolas, caipirinhas e família e amigos. este ano é mais do mesmo e já fazes 3 anos. o meu bebezão de 3 dedos no ar com essas velas todas para apagar.

100 bolas a caminho e começam os preparativos. 3 dias para os teus 3 anos.



8/15/2015

Férias em [praia] grande

É assim que chama o Né, é assim que fica.
Únicos netos, únicos sobrinhos. Mais adultos que crianças. Mais mãos que (des)graças.
Avós babados com horas de paciência. Paciência de horas para tudo o que é ciência.
Quatro ou mais tios que chegam cheios de amigos. Todos pegam, todos brincam, todos sabem quem são.
Horas e horas de atenção.
Colos, cavalitas, arrastados e pelos ares. Pirulitos, amonas e megulhos de lançamento.
Quarto só deles e mimo, tanto mimo.
Tios para remates, para pranchas e cobrar beijinhos. E as "tias" que aparecem com eles.
Gelados, bolas e jolas.
Vão com todos, são de todos.
Apaixonados por eles.
Grelhados, jantaradas e muito vinho. Cartadas e muito peixinho. Horas no toma lá dá cá e a paciência do avô.
Pegadas de dinossauros com o tio Lourenço. Cerveja com o tio manel. Natação com o tio nuno. E remates com o tio fico.
E a carmita que não falha com o jantar, nem almoço, nem pequeno almoço para a mãe dormir mais.
Noitadas para uns mais do que para outros e ressacas disso tudo.
A avó para isto, para aquilo e para tudo.  A avó que vão acordar logo que abrem a pestana.
A tania arranja companhia, agarra amigos e faz mais novos. Programa de praia, de fim de tarde e de noite. Programas de crescidos. E depois foge mas volta sempre para mais.
Peixe da praça e sardinha assada.  Passeios prometidos e quilómetros perdidos. Ver passar o eléctrico mas nunca o conseguir apanhar. Saltar de festa em festa de bifana e e churro na mão. Meteu Quim Barreiros e tirou a asneirada toda cá para fora.
Dias de verão cheios de sol e outros cheios de quase inverno.
Na praia de sempre, a grande e pequena, a que me lembro, a que me conhece, e que já lhes diz qualquer coisa a eles.

8/12/2015

ao terceiro fazes tudo errado

sou das que tinha filhos fáceis. dormem em todo o lado, comem de tudo e foi sempre assim.

adormecem com luz, na praia, no carrinho ou onde for. acordam descansados e felizes.
comem o que lhes derem e de pequeninos. sopas e leite frio em pequeninos, do biberão que houvesse e se grandes esquisitices. não havia cá cenas de só gosto de maminhas.
gostando menos ou mais de chucha, tinham a deles e acalmavam-se quase sozinhos.
quando começaram a comer, comiam. segui a receita e resultou. sopas e papas e depois sólidos. comiam que se lambiam mesmo sem dentes.

este badocha adormece ao colo, na cama não lhe apetece. não gosta de chucha, nem de biberão. já tentámos de tudo.
come sopa e papa mas sem paixão, faz com que me acorde lá para as 4 da manhã com fome que já não tinha.

pensas o que foi diferente, o que desaprendeste e o que era e não é. com a experiência devíamos aperfeiçoar a cena, se não pensarmos que com 3 à perna fazes o que está mais à mão para controlar o caos e não perdes o tempo que perdias a ensinar como deve ser.

se chora nem pensas e pegas, se tem fome dás e dás quente para que não falhe. se tem sono, fazes de quase tudo para dormir e já só vai de embalo. e depois de trinta minutos em que alguém lhe espeta um biberão sem sucesso, desistes porque não queres que te acorde à noite com fome.

xavi, xavizinho, meu xavichato. não és insuportável mas é o pior dos meus. a vida é dura e tens medo que eu fuja para um dos outros a qualquer minuto, não vai acontecer, prometo. mas vou-te amançar. estou só a avisar.




8/06/2015

Santas férias

Que de santas não têm nada, só o sítio.
São férias com primos. Os primados.
Acordam cedo de excitação e seguem excitados o dia todo.
Aprendem asneiras.
Riem as gargalhadas.
Jogam às cartas, às corridas, às escondidas e a tudo o que é possível inventar.
Compram gomas com 1 euro e sentem-se milionários.
Fazem tudo em grupo. Trocam de camas e gozam com tudo.
Banhos de mar, de balde, de piscinas, de banheira, de tudo. Banho aos molhos e molhos ao banho.
Chamam xixi e cocó a tudo e as princesas vestem-se de cor de rosa.
Às vezes discutem.
Caem para o lado de cansaço. Às vezes fazem birras antes de cair, ao longo da semana cada vez mais.
Deitam-se mais tarde e acordam ainda mais cedo.
Passeios na praia. Pescar peixes e apanhar caranguejo.
Aprender as memórias dos pais e acrescentar as deles.
E depois mais brincadeideiras.
Passam tempo com cada um e passam a conhecê-los a fundo.
Trocam bongos e bolachas.
E choram quando se forem embora.

As melhores férias para eles são estas. E que continuem sempre a ser.  E nós crescidos, nós deviamos ser como eles e deixarmos-nos ir [ não acontece sempre nem às vezes, mas devia].

8/02/2015

Açores a dois [ou três]

Marcas a viagem e começas logo a sonhar. Escolhemos o sítio, imaginamos programas e combinamos descanso. O pretexto é o casamento, o deles e o nosso, o melhor pretexto de todos.

Meses a sonhar com férias e chega o dia. Fazes as malas com tudo de bom, fatos de banho tshirts, livros, kit casamento e um bebé. Check in online, alugar um carro com um rasgo de sorte e lá vamos nós onde nunca tínhamos ido, aos Açores. Uma ilha, voltamos às outras com todos um dia.

Casa em cima do mar um calor do melhor e tudo perfeito. Tudo tudo menos os dois. Raios, parece que tiramos as férias para embirrar um com o outro. Acontece-nos sempre a dois, vá-se lá perceber. Parece um misto de cansaço acumulado com expectativas descontroladas. Qualquer coisa que não sei bem mas que provoca em nós um nível de irritação ridícula. Excepto nos momentos em que nos esquecermos e voltamos a ser namorados, todos apaixonados.

E são dois ou três dias assim entre paisagens e passeatas, jantaradas  e descanso, mergulhos no mar e gente chateada [gente que somos nós]. E depois esquecemo-nos e entre cracas e queijo vaquinhas jogamos aos e se nos mudassemos para cá, a refutar todas as teorias das conspirações, a imaginar histórias e a viver emoções.  Pomos a conversa em dia, tiramos tudo cá para fora e mal aparentemente vai embora.

Começamos e acabamos no casamento. Calor e vestidos curtos e um padre que reforça que o casamento não é fácil, e nós sabemos, eles sabem e atiramos-nos na mesma. Como no primeiro dia mas mais velhos e com mais barriga.

Deixamos o bebé com uma melissa local e arrancamos em primeira. Bebemos uma jolas [que se lixe o leite], fotos, conversas e jantaradas e dançamos como sempre. Como é e como era, quase como inimigos e amantes. Danças, danças e danças.

Vivós os noivos, a terceira e as férias. As trombas e o mau feitio.  E para quem não acredita aqui fica escrito que não somos sempre amigos nem queridos. Às vezes somos só bestas amadas [e quase sempre nas melhores férias]