10/30/2015
A nossa fotografia de família
10/29/2015
do pinterest para o quarto deles [nada é meu mas é gratis!]
Ainda tem coisas por acabar, roupa por arrumar e baloiços por pendurar. falta um tapete e cortinas numa janela. mas está quase. nisto, e enquanto não lhes der na gana pendurar posters de carros ou mulheres semi-nuas, imprimi em a5 e colámos na porta dos armários com washi tape.
O manel adora e o zé emita. eu cá acho só giro. devia ficar ainda melhor em molduras brancas.
[a fingir que percebo de decoração. tudo isto no pinterest]
10/26/2015
diz que tem dentes
10/21/2015
a filha da lisa
10/20/2015
babysitting
10/19/2015
Sobre as fraldas do zé que deviam ser as minhas
[ai não podes fazer isso que ele fica baralhado e depois é mais difícil. fiz.]
10/15/2015
No meio do caos da vida
Chuva, aos molhos, em cima dos meus olhos e tudo o resto. Liza de epidemia como ela diz, virose como digo eu. Minha mãe foge em passeio para as Américas.
Pedir à minha prima para os trazer da escola, ao meu pai que fosse à aula experimental de judo, à tia nanã para meter supositório e à tânia que tape buracos. Telefone a carregar em todos os cantos com coisas para aprovar a cada 10 minutos.
Reuniões de pais e de casais, natacinha, mergulhos, cocó no banho, papas cerelac e ranhos. Visitas de estudo por pagar e toalhitas a faltar na escola. Três constipados e dois estafados.
Noites mal dormidas e manhãs renhidas.
10/14/2015
24 horas - o filme
A minha mulher acabou a licença de maternidade, o que traz coisas boas e coisas más. As boas são relativas ao retorno à vida normal, motivação profissional, cansaço mais dividido. As más prendem-se à falta de tempo, aos imprevistos e rifas que me saem...
No passado fim de semana, calhou-me a rifa de ficar 24 horas consecutivas com 3 dos meus filhos. A Rosa tinha um "jantar" com colegas de trabalho, e no dia seguinte ia trabalhar o dia todo em filmagens. A Tânia estava a trabalhar o fim de semana fora em missão babysitting. Adoro todos os meus filhos mas ficar com 3 rapazes dos 4 aos 0 trazia-me uma certa ansiedade, depois duma semana dura de trabalho. De qualquer forma saí do trabalho na sexta-feira a agradecer a familia que tinha e a pensar que isto ia ser positivo e muito bom para todos...
O que é que sucede...? Sucede que quando cheguei a casa para iniciar esta ronda de 24 horas, percebi que estavam todos com virose ou semelhante, e que iam rodar muitas fraldas e idas à casa de banho. O leitor mais assíduo do blog sabe que eu falo muito de cocó, de forma a tentar desmistificar o que de facto é o mais natural e rotina diária, ou quase diária. Mas desta vez foi demais!
O Manel foi para a cama cedo. O Zé, consegui adormecê-lo pelas 21h30 ao lado dele na cama depois de lhe ler 3 histórias e de lhe dar 3 bolachas (na verdade ele só queria as bolachas, mas psicologicamente fico a pensar que até sou um pai fixe...) Eram 22 horas e fui tratar de adormecer o Xavier. O Xavier parecia ter bebido 3 uisques redbull, tal era a energia. Depois de gastar a energia vinha a ressaca em forma liquida, por cima e por baixo, dependendo do que ia apanhando o elevador. Gastei um pacote de toalhitas entre camisa, rabo, sofá (sim Rosa, houve cocó no sofá), costas e outros sitios que limpei sem a certeza do que se tratava.
Meia noite. Tudo a dormir. Eh lá, pensei eu... "ainda vou ver um filme antes de ir para a cama, uma coca cola e repastelar-me no sofá... Isto afinal..."
Tábeim... Mal começou o filme os berros "PAI!!! Já fiz cocó!!" se ouviram ao longe. Coitado do Manel. levantou-se 3 vezes para ir à casa de banho e na última já chorava a dizer que tinha comichão no rabo. Não havia maneira de o distrair ou não chorar. Fomos ver desenhos animado....
Fui para a cama assim que possível para estar descansado para o dia seguinte....No dia seguinte ia chover muito, o Manel tinha uma festa de anos e portanto ia ser espetacular.
Acordo pela noite, com mais fraldas para trocar, biberon para dar e rabos para limpar... Podia ser pior.. pensava eu...
Pequeno almoço corre bem. Sem cocós. Tudo a comer. Sem choros. Brincadeiras e descanso.
Mas foi no almoço que tudo começou a piorar. O primeiro chorava, o segundo não queria comer e o terceiro queria comer o almoço do segundo. Voltam os cocós. E desta vez não fui tão eficiente, porque dei por mim e tinha 3 tipos de cocó na minha mão...o que acho que não é normal...
Enquanto o primeiro chora, o segundo caga e o terceiro não come. Já não sei qual é qual. Qual comeu, qual cagou ou se me esqueci de dar água ou outra coisa qualquer que fosse fundamental para que ficassem bem. Já estávamos os 4 em survival mode. Vinham aí as sestas... Experimentei a técnica do "deixar na cama, fechar a porta, tapar os ouvidos". Estava a funcionar muito bem quando me lembro que o Manel tinha uma festa. E faltava o presente, Encontrámos "um presente" (ainda não percebi o que era). Faltava embrulhar.... Ui... Eu sou a pessoa que ia chumbando na primária em trabalhos manuais. Não encontrei fita-cola. Peguei no jornal Record e encontrei cola daquela marca amarela. A táctica era para mim óbvia:colar jornal à volta "do presente" e dizer que tinha sido o meu filho a escolher o presente e a embrulhá-lo. Orgulhoso por mais uma solução encontrada, lembro-me que tenho que levá-lo à festa. Mas está uma tempestade lá fora! e os outros estão a dormir.. Assumi que não tinha solução e telefonei à minha querida tia de baixo a pedir ajuda. Ainda não tinham almoçado, então peguei nos que tavam a dormir, fui pô-los no andar de baixo. Peguei no manel, enfrentei a tempestade e saímos em direcção à outra ponta da cidade. Cidade essa que estava um caos. Quase uma hora no trânsito e chego ao destino. Orgulhoso e o Manel contente por ir estar na festa do amigo, tentamos encontrar a sala da festa. Procuro por míudos ou pais com presentes e nada... Será que me enganei no sitio? Confirmo morada. Tudo Ok. Será que me enganei nas horas? confirmo horas, tudo ok... Será que....? mal pensei percebi... A festa era no domingo e não no sábado...Comecei a chorar por dentro... O Manel começou a chorar por fora quando percebeu.
Fomos a chorar para casa. Estávamos os 4 reunidos outra vez. Encaixámos-nos no sofá. Trouxe todos os brinquedos que encontrei, bolachas que ainda havia e desenhos animados. Ficámos quietinhos, em silêncio, à espera que nos viessem salvar... Passado umas horas, chegava a mãe rosa. Separámos-nos (os 4 homens) e só nos viriamos a ver no dia seguinte. Foram 24 horas engraçadas e boas para união masculina.
Mas os 4 sabemos apesar de não termos falado sobre isso, que programa destes de 24 horas sozinhos, antes de 2016 não queremos...
10/07/2015
Sobre adoptar mini adultos
Não fazia parte dos planos dela ter a vida que teve até aos 18 nem dos nossos adoptar aos 30.
Mas de repente aconteceu quase que por magia. Fez sentido logo que soubemos que estava sozinha, fez sentido para ela logo que soube que era o que queríamos.
As finanças não querem saber, o apelido não pode ser oficial e quando preenches os papéis os pais são outros. Mas isso na verdade não importa. Explicas se tás praí virada não explicas se não apetece mas deixa de importar porque o que importa é o que sentem, o que se cria e o que vivemos.
Sábado aproveitámos a hora santa (três putos a dormir) e na tv dava uma história igual. Ficámos arrepiados de ver. Afinal há outras pessoas que ficaram mesmo pais mini adultos, e os sentem como deles. Como se tivesse nascido. De certeza que haveria claro, mas nunca tinha pensado nisso e foi bom demais saber que não estou a sonhar. Que há transferências de quem quer dar e de quem quer receber que faz com que tudo faça sentido, sem grande explicação. É assim e pronto.
10/04/2015
Time's up
Acabou. Finnito.
Oito meses ao sabor da vida. Essa que se vive sem grandes preocupações além das maiores. Os primeiros dois meses arrancados a ferros para abrandar e os outros seis passados a namorar. Namorar os meus amadinhos. A todos e a cada um.
Fiz tudo o que queria e deixei mais queres por querer. Porque o melhor é não acabar nunca a lista de afazeres. Combinei comigo levar mais este espirito de que tudo é possível para a vida. Esta disponibilidade para estar e ouvir as pessoas que connosco se cruzam com calma. Conheci gente extraordinária. Aprendi um montão só de ver. Dediquei algum tempo de mim aos outros mas dediquei também tempo a mim. Porque um bebé está connosco mas não fala e nós ou ficamos sozinhos ou pomos a conversa connosco em dia. E foi isso tudo.
Amanhã é tudo igual ao que era e não me posso queixar. Gosto do que faço, sou privilegiada. Não saberia viver disto para sempre embora tenham sido dos melhores meses da minha vida. É estranho e difícil de explicar mas é assim.
amanhã é tempo de testar a massa cinzenta e decobrir o que ficou.