A nossa lisa é nossa, tão nossa que é quase família. Ela é
nossa e nós somos dela.
Veio para Portugal para dar um futuro melhor à filha,
estudou e agora trabalha para mandar para ela tudo o que ela precisa. A filha
da lisa tem seis anos e mora com a avó. Está bem mas claro, tem saudades da mãe,
e a mãe dela.
O ano passado começamos a missão trazer a filha da lisa. Não
dá para viver bem longe dum filho pequeno e se é uma questão de papelada então não
vale. Não está em guerra nem passa fome mas está longe da mãe e isso também é
ser um bocadinho refugiado.
Lisa arranjou uma casa maior com quarto, inscreveu na escola
ao lado de nossa casa. Tratava da dela junta com os nossos nas horas de
trabalho. A tania ajuda nos tpcs de primeira classe e ficávamos todos melhor.
Papelada para cá e para lá e não tem sido fácil. Quase um ano
volvido e os papéis estão sempre a chumbar, era por rendimentos, depois por
procurações depois não sabemos bem porquê e tem sido disto. Mas vésperas de
decisões andamos todos nervosos e depois, pimbas lá vem o não.
A mãe que toma conta da filha diz-lhe que se não for para a
levar mais vale não ir para já porque a miúda fica tristíssima. Foi o natal
passado e ficou prometido que logo que possível a trazia.
Quer fazer as coisas bem e queremos ajudar. Não tem sido fácil,
pobre lisa e eliany.
A querida rita, rita mais querida disse que talvez tivesse
quem nos pudesse ajudar a perceber. Falávamos de refugiados e de mudar o mundo
e sabíamos as duas que tudo isso é lindo, tudo isso é fado, mas às vezes nem o
que está ao lado.
Mais uma esperança. Obrigada rita por pegares num desabafo e
o tornares numa ajuda. Devíamos fazer mais disso todos os dias.
Espero que consigam tratar de tudo a tempo da pequena passar o Natal junto da mãe! Um bem-haja pela vossa atitude! Beijinhos
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