Manel: oh roque tu sabes ler?
R: sei.
M: e como é que se chama a tua prossora?
R: Célia.
M: Célia?! Sabes a senhora que ajuda à terapia do zé também é Célia.
R: a que ajuda à minha [terapida da fala] chama-se Tânia.
M: tânia??!! Oh roque então da próxima vez tens de dizer à tua terapia que o teu primo manel tem uma irmã tânia.
R: já disse!
M: e a tua professora de inglês como se chama?
R: vanessa.
M: a minha chama-se teacher.
R: oh manel não pode ser teacher é professora em inglês não é nome.
M: pois é mas a minha chama-se assim.
12/28/2015
Conversas de primos
12/27/2015
El natal de los Amados - visão do pai joka
12/22/2015
um dia na Sábado
Enviaram um email por aqui, era a Ana. Perguntou se queria falar com ela sobre a adopção da Tânia e em segundos achei logo que sim. Tantas coisas que ela podia dizer e que podiam ajudar a mudar a sociedade e às tantas um juiz num qualquer tribunal passava a deixar perfilhar a nossa Tanica. Isso e dar a oportunidade a outros de verem que afinal adoptar mini adultos pode ser só espectacular, e mesmo com 18 anos ficam mesmo nossos filhos na mesma. Perguntei aos outros crescidos lá de casa e dissemos um grande sim. Primeiro ninguém queria falar ia só eu, combinamos almoçar. Fui com a Ana, muito simpática mais ou menos da minha idade mas ainda melhor, mai nova.
Ela perguntou se podia gravar e disse-lhe que sim que aproveitasse o que achasse que dizia de jeito. Falamos, falamos, falamos. contei desde que nos conhecemos até aos dias de hoje, dos primeiros dias meus e do joão, de como lhe apresentei logo a tania na primeira vez que viemos juntos a portugal, de que ele queria logo adopta-la com 3 meses de namoro nosso, de que foi ao nosso casamento, de que tivemos um tempo sem falar tanto com ela a ver como corria do outro lado e que depois nos voltamos a ver e jamais nos largámos. contei detalhes e generalidades, algumas das quais passam por aqui. Falei do blog e que o criamos para esse sentido de família e para todos os que nos conhecessem pudessem saber de tudo e não terem de nos perguntar a todo o lado que íamos, ficariam a saber o geral e já não haveria duvidas de onde tinha aparecido. foi mais de uma hora de conversas, disse-lhe no fim que era injusto e que tínhamos de combinar outro almoço para ela me contar também da vida dela, coitada acabei por não saber nada. ossos do oficio disse ela.
Depois ligou e perguntou se podia falar com a Tanica. ela meio reticente disse que sim, não tinha medo nenhum de falar mas há sempre segundas interpretações do que se diz e detesta isso. lá a convencemos, era importante saber o que sentia, e se nos primeiros momentos teve medo que não fosse verdade e que a qualquer momento lhe dissessem que já não era família, isso ficou lá para 2013 e hoje nem se pensa nisso. Nem ela pensa nem nós deixamos, é nossa e ninguém nos tira. Depois foi o joka chamado à recepção e toca de botar discurso e no fundo já estávamos todos orgulhosos.
Certo dia foram ter connosco para tirar a foto de família, tanica cheia de vergonha do destaque mas muito bem na fotografia.
Tudo ansioso para ver o que saía. é sempre estranho ter alguém a escrever de nós, sabemos que nunca escreve igual ao que escreveríamos e ao mesmo tempo é uma maneira de ver a história. e um dia ia ser o dia de ver como ficou.
Hoje foi o dia, não foi sábado foi terça mas é a Sabado que escreve pelas mãos da Ana.
Obrigada por contarem a nossa historia e levarem mais pessoas a acreditar e adoptar miúdos mais velhos, são só espectaculares.
12/20/2015
Melhor troca de presentes do mundo
Só para amigos, dos verdadeiros para depois de se pegarem à pancada voltarem a ser amigos. Dos verdadeiros.
Então a coisa acontece assim. Presntes todos no monte embrulhadinhos como manda a regra. Ora se são 20, fazem-se 20 papelinhos de 1 a 20. Tiram-se à sorte e isso dita a ordem da brincadeira.
O primeiro tá visto, é o prejudicado. Escolhe da molhada, pode até escolher o melhor embrulho. Abre cheio de convicção e das duas uma ou é uma bosta e de certeza que fica em casa ou é espetacular e vai ser roubado [como roubado? Era dele só dele]. Segue para o segundo, avaliação de embrulhos e escolhe um e começa a guerra a pessoa ou abre ou decide trocar com um dos presentes abertos. Ahh e tal mas a outra pessoa até gostava, temos pena é natal e não há cá compaixão fica para quem tem o presente por abrir na mão!
Segue para o terceiro, quarto e adiante. Uns roubam aos outros. Surgem preferidos, os mais roubados. Depois há os cães de loiça e que os presenteados tentam vender a todo o custo com as melhor argumentação que conseguem. O presente embrulhadinho só pode passar em três mãos para limitar a javardice.
Segue a guerra. Troca troca e mais troca e guerras de arrancar os melhores. Complos entre casais, guerras de bairros, choros e berros. Há quem ponha criança ao barulho para acrescentar birras e ranho na esperança de agarrar aquele presente top. Vale tudo para se conseguir o que se quer, tudo o que não é o espírito de natal.
Eu este ano levei a a pochete, a mai linda de todas, a mais badalada. É minha. Ah pois é!
12/18/2015
protagonista principal
12/16/2015
A importância das primeiras vezes
A verdade é que quando olhamos para trás lembramos-nos sempre das primeiras vezes. Das sensações, das memórias e às vezes mesmo de coisas que só aconteceram na nossa cabeça. Lembro-me perfeitamente do meu primeiro jogo de futebol no estádio do Restelo. Da primeira vez que parti a cabeça. Da primeira vez que gostei duma rapariga. Do meu primeiro cinema. Da minha primeira aventura. Da primeira vez que planeei o futuro. As primeiras vezes fazem parte de nós e da nossa memória como se nos moldassem para nos avisar que devemos repetir ou evitar as coisas como elas são.
Por estas razões estamos determinados a acompanhar e exponenciar as primeiras vezes dos nossos filhos. Desde a primeira papa, a primeira ida ao hospital, o primeiro natal, a primeira palavra e tudo aquilo que os faz tão diferentes uns dos outros. Fico com pena de não ter estado nas primeiras vezes da Tânia, mas temos as nossas primeiras vezes juntos e isso já é mais do que perfeito.
Mal o Manel Amado do rabo queimado fez 5 anos, planeei a sua primeira ida ao cinema. Um filme de dinossauros animados. Perfeito. 11 da manhã, perfeito. Pipocas doces - check. Manel e amigo - check. Coca cola matinal para mim - check. Admito que estava mais ansioso que ele em presenciar a primeira vez dele no cinema. Se se iria fartar rapidamente, se iria perceber, se iria gostar do ambiente...
Quando a cortina fechou, depois de 2 horas de dinossauros a nascer, a viver, a conhecer, a morrer e a renascer, o meu Né parecia que tinha vivido essas mesmas experiências. Tinha rido que nem um louco. Tinha-se agarrado a mim com medo. Tinha perguntado mil e uma perguntas. Tinha duvidado. E quando os amigos no filme se separaram para sempre, chorou e eu com ele.
Foi uma experiência divinal e não me vou esquecer nunca, espero que ele também não. E é por isso que agora vou organizar as primeiras vezes dos meus filhos com o melhor que sei e que posso.
Sem contar com os namoros...e outras primeiras vezes...
São as vezes que se multiplicam e que nos formam... Aproveitem!