Há poucas coisas que me fazem mais orgulhoso do que quando tenho que explicar que tenho uma filha de 21 anos. Admito que quando estou em conversa forçada e há pouco tempo e me perguntam quantos filhos tenho e depois que idades tento não falar das idades. Digo sempre: "há a mais velha e depois os 3 terroristas rapazes". Mas quando conto a história que hoje faz parte da minha vida como sempre tivesse feito, fico sempre com um orgulho pateta espelhado
Foi em 2007 que conheci a Rosa e apenas 3 meses depois conheci a Tânia. Foi claramente o melhor ano da minha vida. Era uma miúda que representa a definição de reguila e que olhava para mim com cara de má como se eu lhe tivesse a roubar a melhor amiga dela, quando a Rosa me apresentou como namorado dela. Tirou-me a pinta num instante e num silêncio ensurcedor e sem falar avisou-me que eu teria que tratar bem da Rosa... or else... O que também foi óptimo foi que a Tânia conheceu a minha mãe e tem uma memória dela, mesmo que muito ligeira.
Na verdade, quando percebi que a Rosa fazia uma diferença na vida da Tânia, até sugeri que deveríamos, quando pudessemos, adoptá-la. Fazia sentido dar uma familia a quem não tem. Mas na verdade eu e a Rosa eramos uns miudos apaixonados há 3 meses e não fazia sentido.
Os anos foram passando e iamos vendo a Tânia de vez em quando. No nosso casamento, no concerto dos Xutos no Restelo, e, pequenos programas que iamos promovendo, e iamos acompanhando o seu progresso, o seu caminho, o seu vôo.
Há 4 anos, quando nada o fazia esperar, voltou às nossas vidas. O seu caminho, o seu voo, não estava a correr bem. Tanto potencial, tanto amor que havia ali para trocar. Era já uma rapariga crescida a tornar-se mulher. Tão querida, tão simpática, disponível, meiga, altruista. Vinha a nossa casa cada vez mais vezes, até ao dia em que já fazia parte da casa, parte da familia. E assim, sem que os sons do tempo nos chamassem, tinha nascido a nossa filha mais velha. Foi há 21 anos, foi há 4 anos, foi ontem. É hoje, é amanhã e será na eternidade.
E assim seguimos todos o nosso bom caminho, o caminho dos Amados. E não há melhor orgulho do que ter os 4 filhos que tenho, e é um orgulho ter uma filha como a Tânia.
Espectacular! Parabéns pai Amado, meu querido genro, querido chefe da minha querida (sub) família ! Bjo gde
ResponderEliminarJoão, vou acompanhando a história dos Amados sempre com uma admiração incríveis! Muitos parabéns pelo que estão a construir!
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