Há 155 semanas atrás

Esbarrei na fotografia de há 155 semanas atrás, do momento em que chegamos a casa de um jantar e tavas no sofá enrolada no zé a dormir.

Era uma coisa recente a vossa, a nossa nem tanto. Conheço-te desde pequena, e nessa altura perdemos as duas tempo para nos conhecermos- conheço-te bem.

Não te via há uns anos quando naquele dia me mandaste uma mensagem a saber se eu estava bem. Podia não ter estranhado, mas estranhei e pedi-te que viesses ter comigo. Foste no mesmo dia, a rua castilho; Trocamos números para afinarmos a esquina e lá nos voltamos a encontrar. E foi tão bom ver-te.
Tinham passado prai três anos, a última vez que te tinha visto antes disso foi no dia do nosso casamento.
Lá estavas tu com a cara de sempre e essa tranquilidade de alma - mas desta vez triste; e quando fomos a ver a alma não tava nada tranquila.
Chegamo-nos uma à outra em conversa de circunstância e voltamos ao que era, no ponto de intimidade que tínhamos deixado anos antes. O amor tava todo lá e nesse dia, já depois em nossa casa e como pai e os manos - dia em que os conheceste- tive a certeza que o teu lugar era ali conosco. Devia ter sido desde o principio, mas pegariamos devagarinho por ali e ia ficar tudo bem.

Começámos com jantares para perceber até que ponto querias tanto como nós ser família. muito pouco tempo depois (diria 2 semanas) de tudo isto surgiu-nos na agenda um jantar e lembrei -me de te pedir se ficavas com eles- por eles e por ti.

Não era preciso saber a história toda entre os pontos de tempo que não nos tínhamos visto, eras aquilo que sabia seres, e confiava de coração em ti.
Nenhum de vocês conhecia quase nada uns dos outros mas não foi preciso deixar dicas, a coisa aconteceu com naturalidade - como tinha de ser.

O jantar durou, e quando chegamos a casa tava uma calma instalada e tu enrolada no zé ia a dormir.

Não tinha sido precisa a confirmação mas ainda assim estava ali - há 155 semanas.

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