2/26/2017

Kit sobrevivência para fins de semana alone com os bichos. E desvaneios de solidão

Bolas de natal, coelhos mal cheirosos e pensos por nada. Kit sobrevivência para fins de semana alone com os bichos.

Esta coisa de sermos pais faz sem dúvida mais sentido aos pares. Só com um faz-se mas não é a mesma coisa, não têm tanta graça as gracinhas deles, muito menos as birras.
Dividir a vida é bom para eles mas essencialmente para nós. Percebo que a vida às vezes se desoriente mas, em podendo, devia ser a dois.

Sou filha de pais separados e tou aqui vivinha da silva e até (na maior parte dos dias estavel), não me faltou nem mãe nem pai e até tive (deste último) a dobrar. Mas na prespectiva dos pais isto além de ser cansativo a solo é muito mais gratificante a dois. Deve ser por isso que (normalmente) são preciso dois para os fazer.

Às criancas as relações dos pais ensinam muito, mesmo quando ha pouco a aprender. As coisas boas do amor, as loucuras da (falta de) paciência, a intimidade, as partilhas, as desculpas, as cedência e um conjunto que , à partida, devia ser melhor do que as partes. Tudo isso é ensinar a viver, e no fundo é a base de tudo: a base de como amamos.

Dito isto a coisa daqui para a frente pode dar em mais viagens do joka e mais disto a solo para mim.

[Margarida cunhada, farei uma estatua em tua honra a quem pedirei paciência na falta dela. Andas há 8 anos nessa vida, es um exemplo de perfeição imperfeita.]

E de resto é usar mais das tecnologias para nos aproximar, que pra distância já temos de sobra.

Boa semana malta

2/21/2017

Pilhas e pilhas de roupa a acumular de uma forma quase poética


Para quem (como eu) achava que a saga da maquina tinha chegado ao fim- wrong. A história ainda ia a meio.
Depois de um mês de espera a linda e bela maquina, tão ansiada, chegou. Tânia recebeu, gilberto instalou e a lisa ligou. Estava na língua de nossa majestade, uma chiqueza. Avisou-me que de majestade não percebia e esperou por mim para a grande estreia. 
Fui para casa com mais motivação que o habitual só mesmo por saber que lá estava, a salvadora da pátria. Ligo o botão do on, mudo o idioma para PT e com orgulho vi tudo aquilo cheio de LEDs azuis ao meu comando- coisa mai linda. Não sou se seguir instruções mas desta (e dado o investimento chorudo) decidi seguir à risca e a risca dizia para fazer um programa normal com a maquina vazia.

[pausa de silencia: depois de um mês à espera da maquina tudo o que queria era enche-la até as costuras mas tudo bem, eu faço isso de fazer o programa vazio.]

Orgulhosa chamo a lisa para aprender os passos, sigo os LEDs carrego com ar de vitória no "iniciar" e pim: pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim, pim,pim, pim, pim, pim, pim,pim, pim, pim, pim, pim,pim, pim, pim, pim, pim,pim, pim, pim, pim, pim. Um pim sem fim. Primeiro um sentimento de surpresa (o meu Ferrari dá erros?!) , depois um de culpa (fiz tudo mal vamos refazer), depois um de perdão (vamos lá reiniciar o quadro) e finalmente um de raiva atroz que culminou no telefonema para a Whirlpool a pedir uma explicação.
Aparentemente não tinham e até tinha feito a coisa às direitas, para quem nunca segue instruções até fiquei orgulhosa por segundos, depois passou e voltei à raivinha. Prometeram técnico para o dia seguinte, sem nunca termos tréguas do pim do fundo. A lisa nesta fase já tava com vontade de rir, mal sabia o quanto ainda choraríamos.
O técnico não falhou o date e lá esteve. Encontrou um erro fatal e não conseguiu resolver, prometeu - tal qual um cavaleiro andante- que voltaria para resolver. Tal como muitos cavaleiros, nunca voltou e já lá vai mais um mês.

Nem a marca whirlpool, nem a loja Audilar, parecem muito preocupados com a pilha de roupa que acumula. São as de todos os dias, as do chichi na cama, as dos cocós de xavi por fora, as da belém que vomitou, as da farda, as da natação e futebol, as das idas a paris e dos passeios à praia. Cataratas de roupa, poesia de imundice. Horas e horas de tentativas de contacto com as marcas para resolver, e nada. A insanidade ao mais alto nível.  Pilhas e pilhas que todos os dias crescem e chegam a cair para o lado de altura, um fenómeno lindo de observar. Temos resolvido mal e porcamente aqui e ali em casa dos avós mal-amados ou no sr da lavandaria selfservice "novo melhor amigo do joka".

Tem sido a dança das danças, a loucura em cuecas e caos que vai nu. Se calhar ainda nos rimos disto um dia, muitas duvidas que seja possível mas pode acontecer.


Esta comédia trágico-dramática tem fim aparente a dia 24 ou 25. 

tentaremos não perder o juízo até lá. alguém desse 
lado com histórias parecidas?



2/20/2017

zé boleias ou as boleias da tua vida

a rotina mantém-se mais ou menos a que era o ano passado: escola todos os dias e duas manhãs fora em terapia. a terapia da tua vida. a que permite que chegues mais longe e que a nós nos balança em quilómetros de organização.

a maior parte das vezes é assegurada pela minha mãe, a avó rita. O joão deixa-o às 9h30, a avó rita passa a buscar ao 12h e deixa-o na escola a almoçar e seguir o resto do dia com os amigos. a super avó rita.

acontece que a excepção faz a regra e aqui não é diferente. há dias em que a avó está fora, ou que a Ana tá doente e não pode a primeira hora e outras mil combinações de excepções. nesses dias o que fazemos é pedir ajuda aos tios, à mana ou aos outros avós.

custa a primeira vez que o fazemos, porque sabemos que tal como nós eles têm a vida deles. mas depois arriscas a primeira vez em que para ti é mesmo impossível e não queres mesmo que ele falte e a magia acontece. o zé magia abraça cada boleia com a alegria de uma vida e até acredito que melhore em gramas o dia de quem lhe dá boleia. 

nas vidas que temos e que nunca ninguém faz kms por ninguém (já se queixava o marco do bigbrother há 17 anos aqui - não resisti à patetada), ou achamos que não mas a verdade é que fazem, faz o tio nuno, faz o tio manel, faz a avó, faz o avô, faz a mana, faz o bernardo, faz a tia rosarinho e fazem todos a quem tenho pedido. às tantas achamos que não fariam e nem chegamos a pedir e por isso hoje em dia não tenho vergonha de pedir e se não puderem não faz mal, arranjamos outra solução. a minha vida e a deles faz muito mais sentido partilhada e partilhar a vida não se faz só de gargalhadas nas jantaradas, faz-se também de favores destes, de ajudar no dia a dia que aliviam em toneladas tudo o que tantas vezes sentimos não conseguir sozinhos.

a semana passada surgiu uma das excepções e pedi ajuda ao meu pai, avô tonas. ele nunca lá tinha ido e seguiu as orientações com um sms bruto de morada a seco. foi buscar o zé a nossa casa, levou-o pela mão e ficou surpreendido por toda a gente naquele bairro o conhecer, depois chegou à Célia e derreteu-se quando ela lhe perguntou, muito séria e convicta, se ele sabia a importância que tinha na vida do zé? Ele meio desorientado disse que achava que tinha alguma (talvez pequena fosse a que achasse mesmo na verdade). Mesmo sem o deixar pensar muito remata com um: muita; imensa. e reforçou que era importante que ele soubesse disso. 

e tem, imensa. nele e na dos outros na verdade. este avô e todas as outras "boleias" que mudam as suas vidas para dar um bocado à dele, à nossa.

Se estão desse lado e precisarem de uma mão não façam cerimónia em pedir a nossa vida é melhor se pudermos ajudar (por email, fb, mensagem ou telefone estamos deste lado). isso e um muitíssimo obrigado a todos os que fazem parte da nossa e quase sem termos de pedir dizem que sim de todo o coração.

Obrigada. you rock


à espera da boleia de hoje, uma ida de avô tonas e uma volta de tio nuno

2/19/2017

e de tudo o que se passa para lá das fotos



a lili não ia ficar mas ficou. todas as sextas olha extasiada para nós cheios de programas, todas as sextas lhe prometo que um dia vem connosco. Esta semana precisavamos de parar mas não fui capaz de adiar e apesar de tudo ela não chateou.

viver com mais uma miúda tem as suas cenas, claramente não estamos habituados. O tom parece sempre meio estridente, as trocas de roupa constantes a meio do dia, o manel a reclamar que ela não pára de lhe dar beijinhos e sempre indignado porque ela deixou de lhe falar pela quinquagésima vez, sem ele saber bem porquê. 
mas também dá direito a tranças, mimo e mais paciência para os minis.

não sei se algum dia vou/vamos querer ter mais filhos. não sei qual é o numero a partir do qual deixamos de lhes dar o tempo que eles precisam, ou que deixamos de ter o tempo necessário à sanidade mental. essa equação marada da vida que as vezes descamba em rabugice.

não sei se termos mais sei que estes já mais que suficientes, o resto a vida dirá.

fim de semana só de estar. e de tudo o que se passa para lá das fotos.


















2/01/2017

Bom ao quadrado ou babies da lisa a caminho

Quarta feira depois do seu grande dia aparece em nervos com uma grande notícia, saltamos as duas de alegria.

Um mês depois saltou o João quando ela lhe contou, saidinha da eco, que eram dois. Que grande alegria.

Depois de trazermos juntas a sua Lili e de ter casado exactamente como queria, esta era, e está a ser, a cereja no topo do bolo. Vai ser caos e não sei bem como nos vamos organizar, mas é incrível e estamos muito fellizes por ver a sua família crescer. Essa que também é um bocadinho nossa.

Parabéns lisinha. Que venham cheios de saúde e energia para nos virar a casa só avesso.