10/09/2017

Tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem



Passo tempo demais agarrada a esta bosta de telefone. Tempo de mais a actualizar o feed sem nada de especial a acrescentar à vida.

Contra mim falo na verdade, mas é verdade que tenho usado o telefone vezes demais para desligar da vida real. Porque é isso que fazemos quando estamos praqui agarrados. É verdade que também tenho resolvido muito aqui ligada, tenho essa boa desculpa. Depois de amanhã quando formos mais e melhores vou dar mais tempo à falta de atenção do Manel e ao mimo do Zé que ultimamente são os mais queixosos.

Tenho-me subtraído e multiplicado nas preocupações da minha mãe que acrescentam ao resto da equação, e eles têm sentido.

O Manel acha que a coisa vai correr mal e anda irritado com tudo. A parte do irritado igualzinho à mãe e a parte do correr mal vai buscar ao histórico da querida avó mana. Parte-me o coração e não tenho sabido ajudar. Tenho fugido sempre que agarro um telefone nos tempos que devia procurar uma solução mais saudável.

O Zéia também tem sentido na mesma medida. Pela primeira vez tem ficado a chorar na escola e contraria tudo o que há para contráriar. O dedo o seu maior escape e de repente chucha mais do que alguma vez na vida. Pede a toda a hora para ir para casa da avo e chateia-se de ver que ela agora não está igual ao que era, só por fora mas isso ele não consegue ver ainda. Tudo isso me chateia está claro.

Tudo isto tem solução com tempo: é certo.

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