o limite

há semanas que sei que ando perto de lhe chegar mas ainda só quase tocava. hoje atingiu-me em cheio.


está coisa de alugar a casa foi uma ideia maluca sabíamos bem. achei que se fazia, achamos todos, mas soubemos hoje que não. 

tudo se conjugou para isso. coisas não graves mas que impactam. férias que não deu para tirar, lisa com filhos doentes, Matilde com um acidente de carro e tudo a ser gerido no limite, limite deu. 

full time de tudo é 10 bolas no ar talvez não seja boa ideia. pelo menos não sempre.

as pessoas chegaram e acharam que não estava em condições posso não concordar mas percebo que se acham isso o melhor é irem embora. não era o que queria mas a verdade é que menos que tudo queria está situação. levam tudo de volta, levam um bocadinho do que demos, menos do que deveríamos mas mais do que conseguíamos agora.

alugar agora era pura loucura e eu tenho de aprender melhor a definir os meus/nossos limites. morro de pensar que desiludo alguém mas nunca me lembro de pensar que há alturas que não dá para mais e está tudo bem.


fiquei com vontade de nunca mais me meter nisto. não quero nunca passar outra vez pela sensação de ter alguém desconfortável numa casa onde somos tão felizes. se calhar viram mal ao que vinham, se calhar vimos nós mal ao que nos entregávamos. nada disto é grave, sei bem. é só trabalhoso tirar vidas de gavetas.

tenho dificuldade em definir os meus limites. detesto falhar mas nada como a vida para nos mostrar caminho e voltarmos à linha. desprendimento sim, corda bamba nem tanto.

Filipe prometo que vou deixar estas palhaçadas de lado e focar no que me falaste das festas, o resto tudo que preciso de fazer. e tudo o resto da lista que não é esta.

desabafos ou limites estão na ordem deste dia em que há 9 anos nem sonhava ser, apesar de tudo, tão completo.

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