férias de tudo ao molho e fé em Deus


passar férias em família é das melhores coisas da vida. há tempo para voltar ao que era, falar de tudo o que está para ser e divertirmo-nos com o melhor de cada um.
São tempos que deixam memórias para sempre e renovam.

são também tempos em que o nossos tempos têm de se coordenar com os dos outros e temos de nos ajustar para que funcione para todos. mesmo que implique  mudar coisas (quase instaladas) em nós.

com crianças a coisa é ainda mais divertida. temos muito mais ajuda, muito mais estímulos e muito mais diversão que é tudo extraordinário nao viesse agarrado a mais cansaço mais birras e mais saco cheio para essa gestão. queremos que sejam tão divertidos e espontâneos como as crianças são mas que saibam ser adultos e crescidos quando estamos fartos e queremos almoçar sossegados. ora isso é utópico, sabemos em teoria, na prática tudo é possível com mais impaciências, vontade de que não chateiem os outros e peso/trabalheira a conseguir esse equilíbrio. é que as crianças não devem ser ouvidas ao almoço dos crescidos, não podem pedir tv nem atenção à hora da bola (que cada vez há mais), dormem quando der jeito a todos e se não couberem no programa que não se dê por elas. se meter caminhadas têm boas pernas para andar e se for de piscina o volume quer-se baixinho para ler aquele livro ou artigo super interessante.
isto não é imposto por ninguém é só preocupação de mãe com feras fora da jaula. faz parte e acho mesmo que lhes faz mesmo bem ajustarem-se aos outros. a vida faz-se disso mesmo.

ainda assin gerir isso tudo pode levar a alguma loucura. em casa deixamos andar até ter energia para mais, aqui isso não dá porque obviamente chateia o vizinho e também não me parece justo ter de impor uma criança a chorar de exaustão.

isto não é uma história deste ano, é a mesma história de sempre mas chegou hoje o dia de os levar ao monte e partilho. achei que babysitter ia ajudar a verdade é que com família por perto é muito dificil que uma babysitter consiga ser a preferida do seu coração, consiga gerir emoções e ser colo em exaustão. no nosso caso acabou por ser mais uma preocupação: a querer ajudar a ajuda que achamos que iamos ter. 
a tanica nisso (e em muito mais) é um privilégio imenso. ela sabe quase como nós que não é má criação é um bicho de 3 anos a pedir atenção, ou água ou qualquer coisa marada. sabe também quando é e aperta o gasganete.

hoje foi então dia acalmar hostes. de os obrigar a uma caminhada. de parar para respirarmos todos e voltarmos mais sincronizados. de explicar ao manel que tem de aprender a brincar sozinho sem estar sempre a pedir aos tios companhia, atenção e aprovação. que há paus no caminho para fazer cabanas, que pode apanhar amoras basta avisar a mãe e que está tudo bem. dar descanso ao ze e xavi e reforçar a etiqueta, que não podemos fazer a toda a hora para não encher a cabeça dos demais. [e principalmente porque não sou a favor de raspanetes em haste publica].

dia de subir ao monte, sentá-los a aproveitar o silêncio, deixa-los gritar e ficar o resto do dia com os mais novos nas rotina só deles a reforçar que estamos aqui, nem sempre temos mãos nem disposição, mas somos o equilíbrio uns nos outros. treinamos 10 passos em silêncio, respiração pelo nariz e pela boca, cantamos as músicas do panda para matar saudades e renovamos a pilha do ajuste a uma realidade entre a nossa e a de todos os outros.

não sei se somos os únicos, mas reforçando o enorme privilégio que são as ferias em família e que não trocava por nada, depois tudo o que me apetece é voltarmos a ser só os 6 (e meio) na loucura e certeza dos nossos. os nossos filhos são, e devem ser, só prioridade nossa.

obrigada manos, avós e todos por tudo o que lhes dão e paciência aos quilos. por todas as noites alombarem com eles para a cama e dividirem garfadas ao pequeno-almoço, almoço e jantar. obrigada por aturarem o barulho de fundo dos desenhos animados irritantes e gerirem ranhos com o papel que têm à mão. tudo isto é incrível, mas mãe não deixa de ter a preocupação de estar a chatear quem ainda não decidiu pôr 4 no mundo e queria só descansar uma beca. ou de impor o feitio dos nossos ao cansaço dos que já gerem outros (no caso dos outros cunhados).

venham mais férias e mais dias loucos. estarei deste lado com a mesma dedicação quando forem os vossos.






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