11/18/2018

A festa que ainda não sabe a festa

A festa de anos do manel aproxima -se e só me apetece chorar.

Coitadinho do meu né não tem culpa nenhuma. Espero que não de por isso.

A verdade é que a maior parte dos dias está tudo bem a vida continua e foi "só" mais um dia em que não nos vimos.

O ano passado o plano era o "mesmo": convidar o mundo e jogar futebol. Desenrasquei um campo podre à última a hora, coisas para as miúdas e foi isso. Não foi nada de especial mas ele tava feliz. A mãe não pode ir, tava na reclusa dos primeiros 6 meses de internamento, tava mesmo triste com isso ela (e eu), mas intretivemos-nos nos pormenores. Como faria o bolo, e as equipas, o que vestiam. O lanche, não esquecer os palmiers partidos do careca e os pãezinhos enfarinhados. 

Planeamos tudo ao detalhe, mesmo que no dia tenha corrido tudo ao lado de alguma maneira senti que estava lá connosco. Facetime trapalhao pelo meio e tava feita a festa.


Este ano o plano é o "mesmo" mas só de pensar em pensar nisto tudo sozinha escorrem-me lágrimas em silêncio. O João está por aqui mas na verdade não quer saber  dos detalhes, idealmente nem conta com eles e é normal. A minha tanica vai querer mas mais em cima quando as coisas tiverem alinhadas, agora está ocupada e muito bem a viver tudo o resto que há na vida. Alegra-me que o faça e nem quero que perceba a minha atrapalhação para não estragar.

E é isto. A vida continua, a maior parte dos dias normais e felizes mas depois outros que não descem da garganta.

Não sei o que fazer às miudas na festa e hei de descobrir sozinha. Repetir a receita foi a única coisa que me ocorreu, repetir até ao infinito, mas se não funcionou antes não vai funcionar depois. De repente já não acredito em nenhum dos ingredientes. Umas luzes de cima às tantas podem dar-me uma solução.

Raios estes filhos de inverno que não deixam ver a luz do sol.


Que ele não dê por isso e continue feliz por ter no seu belenenses todos os amigos e amigas desta vida.


E lá vamos nós a caminho dos 8 meu manel mais querido. Nem tu sonhas o quanto a avó quereria estar aqui contigo, nem a falta que me faz.


Amigos, molhada e um campo a cair de podre.


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