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2/14/2023

ilhas



 volto aqui para pensamentos mais profundos está visto.

outro dia alguém me disse que vinha aqui ainda, caramba achei emocionante sendo que eu não tenho vindo de todo, mas voltei. para os pensamentos mais íntimos se calhar. ou aqueles só que não tenho a certeza que interessa toda a gente saber.

fui fazer um checkup, tanta gente doente o melhor é ver da minha sorte. estava ali a olhar para as pessoas, a pensar naquelas e outras pessoas e a concluir que seja o que quer que venhamos a ser não é bom tornarmos-nos ilhas de opiniões muito especificas. de tanta convicção que deixamos cair relações. acho que que quase nenhuma convicção nos deve levar as relações, a não ser que a convicção seja contra a ética da outra parte, ou da outra parte comigo. tantas pessoas que fui conhecendo que tão chatas com a sua abordagem mais radical me levam a querer distancia, para descansar. depois penso se eu própria não serei assim às vezes, com alguns temas meus, nossos, com alguma necessidade de confirmação minha e que se reflete em repetição da mesma história vezes sem conta.

enfim.

mundo cheio de injustiças que continuo a não conseguir explicar mas de alguma maneira me sinto menos confusa. penso que chegou ao fim esta metamorfose de revolta com tudo isso e cheguei à fase de borboleta. consigo ser mais leve ainda que saiba que aquele amigo anda a enganar a amiga e ela não sabe. raios agora que escrevo volta alguma raivinha.

há limites para o que temos a ver no que toca à vida dos outros, as escolhas não são nossas e não nos cabe a nós julgar. isso é muito claro e traz a tal paz da borboleta. parece não ser justo mas a verdade é que não sabemos nada de nada da história da vida dos outros. e volta a frase de fazer o que posso, entregar o que não posso e saber bem ver a diferença.

outras duas coisas importantes na minha cabeça e que queria deixar escrito para um dia lembrar. a primeira e muito maior o exemplo de amor da família batazu, a aproximação de uma prima e a intimidade durissima de quem teve de deixar ir um filho. caramba parece que se me arranca o coração só de pensar na ideia ao mesmo tempo que tenho a certeza que têm de estar em paz tendo feito todos os possíveis e impossíveis por ele. 

outra de um nível que me parece ridículo ao lado desta é a presença no tal evento onde falaremos, dia sim dia não relembro as tantas imperfeições que temos e que não devemos ser as pessoas certas. dia sim dia não volto a relembrar que todas as pessoas têm imperfeições mas podemos sempre ainda assim falar deste nosso dom de acolher e nos entregar a quem vamos vendo que podemos ajudar no caminho, e que isso multiplica o nosso. e depois vem o dia a seguir, uma animação portanto.

e com esta intimidade vos deixo. obrigada por virem aqui saber de nós. means a lot

 

11/15/2021

fase de exaustão



à chegar às 3 semanas estamos a sair da fase de exaustão. pode voltar ao mínimo espirro bem sei mas passou a de adaptação 👐

voltar a acordar 3x por noite, levantar a bunda e fazer leites teve que se lhe diga. acordava com a sensação de que me tinha passado um camião ou 3 por cima. isso e depois entrar no trabalho a mil porque estou a lançar um projecto muito fixe dum mercado de natal sustentável que não podia de todo esperar pelas minhas horas sem dormir.

voltar a escrever num teclado em quando se dá biberons, ter um martim a pedir colo por tudo porque já não sabe andar e uma casa em alvoroço de emoções várias. foram 3 semanas de adaptação tal como quando nasce um bebé e temos de dar espaço.

tem sido giro ver o espaço que cada um dá de si e é glorioso quando chega um momento de silencio e nos rimos a pensar que ainda é possivel. ainda conseguimos ver filmes (ainda que só metade que eu adormeço), conseguimos ver séries e dar um tempinho individual a cada um deles. ja aconteceu o joao ir com todos ver o jogo do manel e até irmos todos almoçar fora. é possível malta, só não sei onde depois cabem as malas mas é possível.

num deste dias disse ai joão que se calhar esta ideia tinha sido areia demais para o nosso camião em logística. acho que disse isso de todos os filhos uns tempos depois de virem para casa e até chegar ao ponto de equilíbrio (talvez tenha so dito a partir do xavi), aqui este começou com refluxo e uma logística acrescentada. o martim no seu pico de maior de ciúmes em casa dos sogros e o peso de te sentires mal com as birras descontroladas fora de casa, nunca me preocuparam muito mas aqui é tudo novo mesmo para os outros e preocupa-me o descontrolo sempre. foi por pouco tempo e já passou, pode voltar com os espirros do inverno mas para já estamos bem. 

há visitas à familia de origem 2x semana, há leite especial, há corrida ao osteopata e há a impossibilidade de ir com ele ao medico normal porque ainda não está registado. coisa que trataremos em breve. continuamos com consultas dos outros em atraso mas no essencial estamos todos no tempo certo e a lareira que vamos acendendo diz isso mesmo.

este novo projecto tem sido muito bom em nós. venha de lá esse mercado de natal que nós conseguimos tudo. right joka?

sinto que é desta que me vais deixa de pedir mais babies ahaha

7/26/2021

Como viver com uma galinha? by joka


Poderá o leitor menos atento pensar que estou a falar da relação marido\mulher, pai\mãe ou pais\filhos. Mas não… Nunca fui tão literal… vivo com uma galinha e não sei lidar com o assunto.

Tudo começou no honrado mês de Agosto do ano de nosso Senhor de 2020. O ano da pandemia, onde a criatividade, a inovação e a natureza estavam em voga. A Tanica e o Bernardo, ainda noivos, decidiram oferecer ao Zé Magia um PINTO como presente de anos. Achei imensa piada… durante quase 4 segundos… Depois comecei a fazer as contas à vida e a suar dos vários buços. Ainda imaginei pequenos acidentes, como “cair das escadas” ou um “afogamento acidental” ou “mesmo overdose de ração”, mas decidi respeitar o processo e a novidade. Abraçar aquela noção que nunca percebi do “sair da zona de conforto”. O conforto serve para lá estarmos, para quê sair da zona de conforto? Enfim…

A galinha, que ficou com o nome de Sá Pinto (joão pinto e pinto da costa foram as outras possibilidades) tinha características muito interessantes. Era porca, fazia muito cocó, comia tudo o que lhe aparecesse à frente, andava no canteiro da varanda que rapidamente ficou vazio e a mais imponente de todas. Não punha ovos. Típico! Termos a única galinha do universo que não punhas ovos e que eu não podia comer… Pfff… 

Andava pela varanda toda convencida, a passear pelos limites da varanda, quase em queda fatal, só para gozar comigo. Cada vez que me aproximava vinha-me bicar os pés. De vez em quando punha-se à porta e não me deixava sair ou entrar dependendo do ponto de vista. Admito que tenho ligeiro medo de aves que venham todas fanfarronas na minha direção.

Em 2021 decidi na minha cabeça que iria provocar um “acidente”. A inutilidade do Sá Pinto estava a custar-me dinheiro sobretudo para limpar toda a me#$%% que fazia. No dia em que a ia empurrar para uma nova vida começou a cantar e com o cantario veio um ovo… e com um ovo veio uma omelete. Tudo agora fazia sentido. De vez em quando ainda entra em casa para me aterrorizar, e às vezes acorda os vizinhos com um cântico estupido nocturno, mas já nos entendemos. Uma espécie de guerra fria, em que ela me dá ovos e eu não a mato…

Como é viver com uma galinha? Não é bom, mas podia ser pior, como por exemplo ter só filhas ou outras variantes de loucura familiar…





9/20/2019

histórias da nossa vida e o caminho até ao baptizado do martim


Sexta feira de chuva é dia de relembrar coisas boas. Já não se escreve em blogs, já não se tem tempo nem para escrever nem para ler. As vidas andam a mil. Por muito que leia, releia e queira parar nem sempre consigo. Estamos a fazer um curso de mindfullness que tou a adorar embora me sinta ainda meio que impaciente à esperar de grandes emoções que me façam rir e chorar, quando afinal tudo o que é suposto é estar. Realizo que das coisas que mais me trazem ao momento presente é parar e observar tudo o que se passa que me traz mais paz e alegria. Sinto-me verdadeiramente privilegiada. Ainda que a vida não seja obviamente perfeita. Tenho saudades da minha mãe e debruço-me sobre mim à procura de descobrir emoções escondidas porque a verdade é que apesar da falta que me faz estou em paz. Não sei se me está a escapar alguma parte do luto, não sei o que é suposto, sei que este ano e a oportunidade para estar com tempo nas coisas foi mágico. Começou por ser muito duro, muito mais duro do que se imagina ao mesmo tempo que quando contado parece quase historia de outro. Foi o que foi. Depois o martim e os percalços dos primeiros tempos de vida. O bips das maquinas a apitar tão parecidos com as que tinhamos desligado um mês antes. Estar comigo e com os meus e agarrarmo-nos ao que importa. Foram tantas coisas que é difícil começar a escrever e não virem mil historias intercaladas. Historias das historias, pessoas das historias, as minhas e as que a vida nessas historias me trouxe. Foi muito bom encontrar amor nos sitios mais duros. Foi muito bom conseguir ver isso. Tivemos muita sorte. Quando digo isto não quero que pensem que não tenho umas saudades imensas da minha querida mãe, que as sinto todos os dias. A vontade de ser feliz pelas duas continua maior. A vontade de dar o amor que daria aos nossos. Que nos dias de festa não seja triste, sejam na mesma de alegria.

Por isso neste dia de chuva partilho as fotos desde dia que foi tão bom: os anos da mãe e o baptizado do martim. Não tive tempo de fazer grandes penteados mas a verdade é que por tudo o que escrevi acima isso quase não fez falta. Havia alegria. Estávamos em família com amigos da mãe e colo que é tão bom sentir. vesti um vestido da mãe, uns brincos que me deu a super Catarina vassalo e senti como tão especiais.

Obrigada ao pai que tratou das comidas e bebidas. Não interessa se os croquetes foram roubados pelas crianças quando a missa ainda ia a meio. Não interessa se a malta não ficou jantada. Interessa que haviam crianças a correr cheias de alegria, haviam adultos a querer saber e a dar colo. Estávamos todos ali. E neste sorriso e paz sei que estava também a minha querida mãe.

























































sobre o dia. igreja de santo amaro de Alcântara. comes e bebes à porta. demos medalhinhas compradas na livraria dos salesianos de lisboa (0,30 cêntimos cada) que pusemos em fios do chinês. o bolo fez a tia mãe da maria e nós decoramos. as flores que compramos sempre a pensar nas que a minha sogra gostava, gosto de olhar para elas e a sentir ali na leveza que só as flores. porque temos a sorte de ter muitas coisas na vida pedimos que os presentes fossem donativos para a festa da tua vida e com isso prolongar festa e alegria. as fotografias foram do mágico simão pernas 
Os padrinhos foram obviamente pessoas muito importantes. o espectacular coro feito de família do lado do João que generosamente torna tudo tão mais suave e encantador. foi isto. foi muito bom.