8/18/2018

férias de tudo ao molho e fé em Deus


passar férias em família é das melhores coisas da vida. há tempo para voltar ao que era, falar de tudo o que está para ser e divertirmo-nos com o melhor de cada um.
São tempos que deixam memórias para sempre e renovam.

são também tempos em que o nossos tempos têm de se coordenar com os dos outros e temos de nos ajustar para que funcione para todos. mesmo que implique  mudar coisas (quase instaladas) em nós.

com crianças a coisa é ainda mais divertida. temos muito mais ajuda, muito mais estímulos e muito mais diversão que é tudo extraordinário nao viesse agarrado a mais cansaço mais birras e mais saco cheio para essa gestão. queremos que sejam tão divertidos e espontâneos como as crianças são mas que saibam ser adultos e crescidos quando estamos fartos e queremos almoçar sossegados. ora isso é utópico, sabemos em teoria, na prática tudo é possível com mais impaciências, vontade de que não chateiem os outros e peso/trabalheira a conseguir esse equilíbrio. é que as crianças não devem ser ouvidas ao almoço dos crescidos, não podem pedir tv nem atenção à hora da bola (que cada vez há mais), dormem quando der jeito a todos e se não couberem no programa que não se dê por elas. se meter caminhadas têm boas pernas para andar e se for de piscina o volume quer-se baixinho para ler aquele livro ou artigo super interessante.
isto não é imposto por ninguém é só preocupação de mãe com feras fora da jaula. faz parte e acho mesmo que lhes faz mesmo bem ajustarem-se aos outros. a vida faz-se disso mesmo.

ainda assin gerir isso tudo pode levar a alguma loucura. em casa deixamos andar até ter energia para mais, aqui isso não dá porque obviamente chateia o vizinho e também não me parece justo ter de impor uma criança a chorar de exaustão.

isto não é uma história deste ano, é a mesma história de sempre mas chegou hoje o dia de os levar ao monte e partilho. achei que babysitter ia ajudar a verdade é que com família por perto é muito dificil que uma babysitter consiga ser a preferida do seu coração, consiga gerir emoções e ser colo em exaustão. no nosso caso acabou por ser mais uma preocupação: a querer ajudar a ajuda que achamos que iamos ter. 
a tanica nisso (e em muito mais) é um privilégio imenso. ela sabe quase como nós que não é má criação é um bicho de 3 anos a pedir atenção, ou água ou qualquer coisa marada. sabe também quando é e aperta o gasganete.

hoje foi então dia acalmar hostes. de os obrigar a uma caminhada. de parar para respirarmos todos e voltarmos mais sincronizados. de explicar ao manel que tem de aprender a brincar sozinho sem estar sempre a pedir aos tios companhia, atenção e aprovação. que há paus no caminho para fazer cabanas, que pode apanhar amoras basta avisar a mãe e que está tudo bem. dar descanso ao ze e xavi e reforçar a etiqueta, que não podemos fazer a toda a hora para não encher a cabeça dos demais. [e principalmente porque não sou a favor de raspanetes em haste publica].

dia de subir ao monte, sentá-los a aproveitar o silêncio, deixa-los gritar e ficar o resto do dia com os mais novos nas rotina só deles a reforçar que estamos aqui, nem sempre temos mãos nem disposição, mas somos o equilíbrio uns nos outros. treinamos 10 passos em silêncio, respiração pelo nariz e pela boca, cantamos as músicas do panda para matar saudades e renovamos a pilha do ajuste a uma realidade entre a nossa e a de todos os outros.

não sei se somos os únicos, mas reforçando o enorme privilégio que são as ferias em família e que não trocava por nada, depois tudo o que me apetece é voltarmos a ser só os 6 (e meio) na loucura e certeza dos nossos. os nossos filhos são, e devem ser, só prioridade nossa.

obrigada manos, avós e todos por tudo o que lhes dão e paciência aos quilos. por todas as noites alombarem com eles para a cama e dividirem garfadas ao pequeno-almoço, almoço e jantar. obrigada por aturarem o barulho de fundo dos desenhos animados irritantes e gerirem ranhos com o papel que têm à mão. tudo isto é incrível, mas mãe não deixa de ter a preocupação de estar a chatear quem ainda não decidiu pôr 4 no mundo e queria só descansar uma beca. ou de impor o feitio dos nossos ao cansaço dos que já gerem outros (no caso dos outros cunhados).

venham mais férias e mais dias loucos. estarei deste lado com a mesma dedicação quando forem os vossos.






8/10/2018

Primeiros dias e impressões


Chegámos ao tão esperado destino: perto da mãe.
Chegámos com tudo e prontos para tudo, mas esperando sempre que não seja preciso quase nada. Que ela melhore a olhos vistos, quase todos os dias até que volte connosco.

Ficou muito contente de nos ver e estamos todos muito contentes de aqui estar. O plano é dar-lhe a sensação de casa o máximo possível, mais ainda do 12h às 16h entre as horas do antibiótico e que podemos planear a fuga.
Todos os dias planeamos almoços que goste a ver se engorda e ganha forças para esta batalha. Está fraquinha porque a infeção tem sido brutal a acabar com a força nas costas, e consequentemente nas pernas e por todo o lado.

Chega a casa e temos o circo montado. Os miúdos têm historias, musicas e aventuras. Dão mergulhos e fazem todos os truques da manga para fazer esquecer todas as dores de quem tem de se levantar sem forças.

Depois há os remédios que toma. Quase todas as avós tomam remédios e os netos estão habituados mas estamos todos saturados dos efeitos destes. A mãe tem levado com doses muito fortes durante muito tempo e isso tem afetado às vezes a sua consciência. Esses são os momentos mais assustadores que temos tido, mas juntos tratamos de todas as manobras de distração para podermos reduzir os remédios das dores. As de falta de estrutura, a de movimentos e as de quem tá muito saturada.

À tarde quando a avó volta com o avô à clínica para descansar e continuar o tratamento nós fugimos à procura de mais aventuras e historias para o dia seguinte. Diz que há cascatas magicas, praias de sonho e caminhadas entre montes e vales. Temos muito que descobrir e aprender. É muito disto que tem sido feito o caminho, é certo que juntos o caminho parece muito mais fácil e com muito mais sentido.







temos ainda tido armas muito poderosas que são pessoas boas que entram na nossa vida só para nos resolverem temas do caminho. mas só isso dava um grande post. fica prometido.