para já vamos ficando por aqui
Fui ao websummit há
umas semanas. Foi muito interessante a vários níveis mas houve duas
conferências que ficaram em mim mais do que as outras: uma da Meredith Foster e
outra do Bispo Paul Tighe. Tiveram um impacto de tal maneira que ando há
semanas a pensar o que na minha vida vou mudar em consequência disso.
Sobre a primeira, a
Meredith, a conferência era sobre Marketing yourself, fiquei estupefacta como
alguém com a banalidade/simplicidade de vida dela é seguida por milhões de pessoas. As fãs
dela adoram-na, vêm todos os vídeos dela, a toda a hora. Ela faz um vídeo por dia e
não sabe bem descrever os conteúdos, sem maldade nenhuma nisto, faz sobre o que gosta em geral, vende produtos que gosta e fala de banalidades da
vida. Nada a assinalar contra a rapariga que não tem maldade nenhuma e é até
bastante honesta quanto ao que pretende acrescentar à vida da malta e diz que
não sabe bem.
A mim, que vou para
o inferno, pareceu-me um montão de futilidade incrível de perceber. Mas a
verdade é que me impactou no ao ponto de pensar se nós, os Amados, não seriamos
também isso e só isso.
Depois o tal Bispo,
vais lá à hora marcada assistir à conferencia sobre a igreja nas redes sociais,
sem grandes expectativas e um bocadinho a pensar que lá no fundo ele vem
evangelizar a malta duma forma mais cool - só que não (#sqn como diz a tanica).
Ele vem dali e no alto da sua simplicidade conta que pensou que não era básico
explicar a um sr de 80 anos o impacto das redes sociais, mas foi pelos
benefícios e disse ao Papa que achava relevante que estivessem no Twiter,
porque as pessoas estão lá e devem estar perto das pessoas a passar boa onda.
Porque as redes sociais estão carregadas de noticias más e criticas ferozes a
tudo e que uma mensagem de esperança às pessoas era excelente. O Papa Bento, na
altura, disse facilmente que sim contra as expectativas do Bispo. Disse sim,
que se era uma ferramenta para levar mensagens de esperança às pessoas e
impactar positivamente o dia a dia deles, claro que sim. E assim foi. O Papa
Bento, e depois o Francisco, entraram em grande nas redes sociais para impactar
positivamente as pessoas, crentes ou não, com mensagens positivas. Com o pedido
ao Bispo, que geria as redes, que lessem todos os comentários, vissem o que as
pessoas querem saber, o que as atormenta e em sequência disso tentar melhorar
isso na vida deles.
E foi incrível, a
maneira simples com que disse coisas tão impactantes e que nunca saberei
escrever com justiça. (não tenho o video)
O testemunho da Meredith não era contraditório com o do
Bispo, às tantas era complementar, ou era contraditório? Não sei. Ando a pensar
nisso há semanas e na minha vontade de acrescentar mais futilidade ao mundo através
do blog, ou da minha presença nas redes sociais, ou no que vejo, no que
alimenta o dia a dia.
E não tenho nada
claro, já pensei em desistir de tudo várias vezes e viver só no analógico,
fazia algum sentido. E nesta viagem de maionese de semanas o meu joka partilha este vídeo
e volto a pensar que realmente, por isso, nem que seja só por isso talvez valha
a pena mantermos-nos por cá para desmistificar esta cena do down Syndrome só
mais uma beca.
Vamos ver em que
ponto acabamos, para já estamos por aqui.
Top!
ResponderEliminarAdoro a vossa honestidade e seriedade para com o blog, mas especialmente para com a vida. Vão ficando :)
Obrigada pelas mensagens tão queridas. Vamos ficando. grande beijinho
EliminarOlá Rosa,
ResponderEliminarSou a Andreia, vivo em Toronto, e descobri este blog dos Amados através do ties.pt (já não sei bem há quanto tempo...). Desde então nunca mais deixei de vos ler, por tantas razões. Admiro imenso o impacto evidente da vossa fé cristã (que também partilho) nas coisas pequeninas e grandes (especialmente no que toca à adopção da Tânia, e a naturalidade da vida com um filho "trissómico", como diz sempre). Os vossos textos são cheios de humor, e demonstram uma forma de levar a vida com leveza e alegria (o que não quer dizer que não vivam coisas difíceis). As vossas partilhas tanto me fazem rir a bom rir, como reflectir acerca da minha própria vivência.
Tenho sempre imensa vergonha de comentar blogs de pessoas que, efectivamente, não conheço... mas pronto, aproveito este post para deixar aqui o meu obrigada pela vulnerabilidade das vossas partilhas, sempre edificantes e deliciosas. Se algum dia resolver que encerrar o blog é o melhor, pode ter a certeza que o tempo que cá esteve não foi em vão (nem fútil)... e pronto, deste lado do Atlântico vai deixar uma seguidora com saudades :)
Subscrevo cada palavra.
EliminarObrigada Wendy e Andreia. eu também tenho vergonha de comentar noutros blogs por isso percebo. estando deste lado é um gosto saber para quem escrevemos e se para eles faz sentido. obrigada por isso.
Eliminarvamos ficando, mais contentes por vos saber desse lado. Obrigada