Aulas de condução ou lições para pais
Dar as primeiras sopas, deixar no primeiro dia de escola, doenças, vómitos e caganeiras são óptimas lições de parentalidade. Aulas de condução descobri recentemente e digo-vos é dos capítulos mais exigentes do mestrado.
O exame de condução aproxima-se e, já depois de umas boas 20/30 aulas na escola, sugeres irem dar uma voltinha para tirar os nervos.
Começas logo bem como mãe a dar-lhe as mãos para o volante em completa ilegalidade, mas fizeram o mesmo connosco e pelo bem do ensino arriscas. Zona de chelas para ser calminho, e perto do exame. Zona meio estranha e duvidosa para tudo o que não sejam aulas de condução para principiantes, mas bora nessa.
Trocas de lugar, afinam os bancos e espelho tudo pronto e toca a assegurar a primeira. Arranca bem mas nervosa, com o movimento quase inexistente de carros. Ok parece-me normal, tranquilizas. Volante ainda volta a medo mas depois de metros em linha reta decides arriscar um cruzamento. O coração dela palpita, e o teu salta tanto mais que parece sair pela boca, mas nada de nervos, tás ali para passar toda uma tranquilidade. Sobressaltos a cada grau de curva e lá entramos nós a fundo do gueto. Bairro meio duvidoso e tu no carro a menos de 20km/h.
Normal para ela, pânico para ti: esta coisa de teres a tua vida na mão dos outros. Mas está tudo bem e A lição continua. Aguenta subidas, não trava nas descidas e arrisca mais um bairro.
Ela parece mais calma e segura, eu mantenho a adrenalina a mil. Esta coisa da falta de noção do perigo traz outro sal à vida, sem dúvida. Na próxima curva já vai a direito e não há nervos em franja- é fazer das tripas coração.
Seguimos devagarinho. Quando os 20km/h são confortáveis e os cruzamentos já se fazem com todas as prioridades, chegamos ao estacionamento em estilo. Explicas, ela tenta, explicas e repete. O ciclo parece não ter fim. no fim acaba estacionado na perfeição, perfeito.
Estar ali ao lado dela, vê-la ter medo, duvidar e até falhar mas manter a postura que está tudo bem. a cadeira do código não foi diferente, acreditar que ela sabia e depois vê-la triste com 4 na lista. voltar a confiar que estava tudo bem e o medo da tristeza dela se voltasse a falhar. depois reparas que afinal não era só deixar voar, era dar colo e explicar como se tratasse da 1ª classe, porque na verdade era: a 1ª classe de condução.
São aulas para pais a nível de mestrado. Que venha a carta de condução para deixar ir (quase com confiança.
O exame de condução aproxima-se e, já depois de umas boas 20/30 aulas na escola, sugeres irem dar uma voltinha para tirar os nervos.
Começas logo bem como mãe a dar-lhe as mãos para o volante em completa ilegalidade, mas fizeram o mesmo connosco e pelo bem do ensino arriscas. Zona de chelas para ser calminho, e perto do exame. Zona meio estranha e duvidosa para tudo o que não sejam aulas de condução para principiantes, mas bora nessa.
Trocas de lugar, afinam os bancos e espelho tudo pronto e toca a assegurar a primeira. Arranca bem mas nervosa, com o movimento quase inexistente de carros. Ok parece-me normal, tranquilizas. Volante ainda volta a medo mas depois de metros em linha reta decides arriscar um cruzamento. O coração dela palpita, e o teu salta tanto mais que parece sair pela boca, mas nada de nervos, tás ali para passar toda uma tranquilidade. Sobressaltos a cada grau de curva e lá entramos nós a fundo do gueto. Bairro meio duvidoso e tu no carro a menos de 20km/h.
Normal para ela, pânico para ti: esta coisa de teres a tua vida na mão dos outros. Mas está tudo bem e A lição continua. Aguenta subidas, não trava nas descidas e arrisca mais um bairro.
Ela parece mais calma e segura, eu mantenho a adrenalina a mil. Esta coisa da falta de noção do perigo traz outro sal à vida, sem dúvida. Na próxima curva já vai a direito e não há nervos em franja- é fazer das tripas coração.
Seguimos devagarinho. Quando os 20km/h são confortáveis e os cruzamentos já se fazem com todas as prioridades, chegamos ao estacionamento em estilo. Explicas, ela tenta, explicas e repete. O ciclo parece não ter fim. no fim acaba estacionado na perfeição, perfeito.
Estar ali ao lado dela, vê-la ter medo, duvidar e até falhar mas manter a postura que está tudo bem. a cadeira do código não foi diferente, acreditar que ela sabia e depois vê-la triste com 4 na lista. voltar a confiar que estava tudo bem e o medo da tristeza dela se voltasse a falhar. depois reparas que afinal não era só deixar voar, era dar colo e explicar como se tratasse da 1ª classe, porque na verdade era: a 1ª classe de condução.
São aulas para pais a nível de mestrado. Que venha a carta de condução para deixar ir (quase com confiança.
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