A festa da vida da Carolina e a energia contagiante da super Ana
Conheci a Ana numa
das primeiras semanas deste projecto das festas. Ela foi uma das pessoas que me
enviou mensagem a dizer que queria ajudar, e uma das que eu aleatoriamente
perguntei se queria ajudar na organização de tudo. Para perceber o nível de
empenho combinei reunião para uns dias a seguir à noite em minha casa: quem
pudesse ir ficava. Ela não podia mas cheia de convicção pediu-me para em
alternativa eu combinar com ela qualquer outra hora ou qualquer outro dia que
ela vinha e fazia. Não queria ceder na minha regra de empenho mas o empenho na
persuasão convenceu-me e combinamos almoçar.
Chegou a hora e tudo
o que menos me apetecia era descer, no meio dum dia caótico de trabalho, e
almoçar com alguém que eu não conhecia de lado nenhum e motivar para um projecto para o qual eu me sentia completamente sem energia. Mas ela chegou, ligou e eu
desci. Tinha um ar meio hippie alternativo com cabelo curtinho e roupa larga,
tudo bem, bom coração é o critério.
Decidimos almoçar
num vegetariano e comecei o almoço a abrir a falar-lhe do que tinha pensado e
disto e daquilo. Ela alinhou na perfeição e parecia ter as mesmas ideias e
soluções. Perfeito, tava a correr bem.
Quase
no fim do almoço disse-me que já agora me contava um bocadinho da sua vida e
senti-me a pessoa mais estúpida por nem ter perguntado. Fonix tava mesmo
cansada pensei eu. Então ela começou e contou que tinha tirado assistência
social mas nunca tinha exercido, que sempre gostou de boas causas mas tinha
acabado por nunca ter conseguido fazer muito voluntariado. Trabalhava muito há
um ano, trabalhava demais e sentiu que não dedicava tempo suficiente aos filhos
e família e por isso quase dum dia para o outro se tinha despedido. Trabalhava
numa empresa boa mas queria uma melhor vida. Uma semana depois de se ter
despedido foi ao médico e descobriu que tava doente, tinha um cancro da mama.
Por ser nova passou por um tratamento super intensivo e muito duro, que estava
quase no fim mas não tinha ainda acabado.
[estava esbugalhada
a absorver tudo isto]
Ainda a semana
passada tinha sido submetida a uma operação e por isso, por uma cena de rotina
não podia naquele dia à noite como sugeri. Mas queria mesmo muito fazer parte do projeto porque algures no caminho das pedras por que passou tava mal, deitada no sofá quando se apercebeu que dificilmente conseguiria organizar a festa dos 3 anos da filha mais velha. Pais, Tios e amigas dividiram-se entre tarefas, listas de compras e decorações e organizaram um festão de casa cheia para a sua querida filha que ficou feliz da vida com ao balões, pipocas, gomas e tudo o que uma festa tem direito. Foi uma verdadeira emoção e por saber isso ela queria muito fazer parte deste projeto.
Ela sentiu mesmo a importância de uma festa de celebrar uma vida.
Emocionada com isto
tudo fiquei eu. Fonix uma ideia minha quase sem expressão tinha imenso
significado para outra pessoa, e quem era eu para reclamar de não ter energia?!
A Ana tava ali a recuperar e tinha toda uma garra para arrancar com tudo, eu
tinha mais era que ter também.
Obrigada Ana, nem
sabes a energia que me deste nesse dia algures em maio ou junho.
Desde esse dia tem
acompanhado de perto todas as organizações e sábado chegou o dia de ser ela a
fazer magia. Fez a festa da Carolina que fez 18 anos e queria uma coisa de
princesa. Nós levamos as princesas a sério e a Carolina, por tudo o que tem
passado com sucesso, teve direito a um barco
encantado com vista para a noite na cidade. Teve um jantar à seria
oferecido pelo Go natural, e um bolo com
a cara dela e da irmã oferecido pela bake a cake e o perfume que ela escolheu sem saber.
Obrigada querida Ana
por teres proporcionado um dos melhores dias da vida da Carolina, diz ela.
Obrigada Kuri brothers. Obrigada Go Natural. Obrigada bake a cake.







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