ilhas



 volto aqui para pensamentos mais profundos está visto.

outro dia alguém me disse que vinha aqui ainda, caramba achei emocionante sendo que eu não tenho vindo de todo, mas voltei. para os pensamentos mais íntimos se calhar. ou aqueles só que não tenho a certeza que interessa toda a gente saber.

fui fazer um checkup, tanta gente doente o melhor é ver da minha sorte. estava ali a olhar para as pessoas, a pensar naquelas e outras pessoas e a concluir que seja o que quer que venhamos a ser não é bom tornarmos-nos ilhas de opiniões muito especificas. de tanta convicção que deixamos cair relações. acho que que quase nenhuma convicção nos deve levar as relações, a não ser que a convicção seja contra a ética da outra parte, ou da outra parte comigo. tantas pessoas que fui conhecendo que tão chatas com a sua abordagem mais radical me levam a querer distancia, para descansar. depois penso se eu própria não serei assim às vezes, com alguns temas meus, nossos, com alguma necessidade de confirmação minha e que se reflete em repetição da mesma história vezes sem conta.

enfim.

mundo cheio de injustiças que continuo a não conseguir explicar mas de alguma maneira me sinto menos confusa. penso que chegou ao fim esta metamorfose de revolta com tudo isso e cheguei à fase de borboleta. consigo ser mais leve ainda que saiba que aquele amigo anda a enganar a amiga e ela não sabe. raios agora que escrevo volta alguma raivinha.

há limites para o que temos a ver no que toca à vida dos outros, as escolhas não são nossas e não nos cabe a nós julgar. isso é muito claro e traz a tal paz da borboleta. parece não ser justo mas a verdade é que não sabemos nada de nada da história da vida dos outros. e volta a frase de fazer o que posso, entregar o que não posso e saber bem ver a diferença.

outras duas coisas importantes na minha cabeça e que queria deixar escrito para um dia lembrar. a primeira e muito maior o exemplo de amor da família batazu, a aproximação de uma prima e a intimidade durissima de quem teve de deixar ir um filho. caramba parece que se me arranca o coração só de pensar na ideia ao mesmo tempo que tenho a certeza que têm de estar em paz tendo feito todos os possíveis e impossíveis por ele. 

outra de um nível que me parece ridículo ao lado desta é a presença no tal evento onde falaremos, dia sim dia não relembro as tantas imperfeições que temos e que não devemos ser as pessoas certas. dia sim dia não volto a relembrar que todas as pessoas têm imperfeições mas podemos sempre ainda assim falar deste nosso dom de acolher e nos entregar a quem vamos vendo que podemos ajudar no caminho, e que isso multiplica o nosso. e depois vem o dia a seguir, uma animação portanto.

e com esta intimidade vos deixo. obrigada por virem aqui saber de nós. means a lot

 

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